Recife dificulta venda de ácido após ataque contra mulheres

A prefeitura de Recife, no Pernambuco, dificultou a venda de ácidos após duas mulheres serem atacadas com substâncias corrosivas neste ano. Em julho, Mayara Estefany Araújo, 19, foi morta por um ex-namorado que lançou uma substância corrosiva contra ela.

Neste sábado (21), o prefeito Geraldo Julio (PSB) sancionou um projeto de lei que exige controle mais rígido a quatro tipos de substâncias corrosivas no Recife. A partir de agora, os estabelecimentos comerciais no municípios são obrigados a exigir licença e manter registro dos compradores por até três anos.

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Em agosto, a reportagem conversou com uma vítima que também foi alvo de ataque por ácido. Ela tinha pedido divórcio e recebido ameaças de morte antes da violência. Universa mostrou que, além de dois casos no Recife, outra mulher foi morta por ácido no Distrito Federal, em maio.

Atualmente, a compra de corrosivos, como ácido sulfúrico, é permitida apenas com uma licença da Polícia Federal e somente a laboratórios e indústrias. Apesar disso, é possível comprá-los no mercado paralelo para a produção de produtos de limpeza irregulares e reparos mecânicos. O ácido sulfúrico pode penetrar os ossos e costuma ser usado no refino de petróleo.

"É mais uma conquista para o direito das mulheres, que precisam se sentir mais seguras", explica a vereadora e também autora da lei Goretti Queiroz (PSC).