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Ex-policial que matou esposa e conhecido por suposta traição é preso

Daniel Leite

Colaboração para o UOL

30/08/2019 21h01

Um ex-policial militar da reserva foi preso suspeito de matar a esposa e um conhecido porque achava que era traído pelas duas vítimas. José Luiz de Souza estava foragido há três anos, desde a época do crime, cometido na cidade de Serra, região metropolitana de Vitória (ES).

O suspeito foi localizado em um bar onde trabalhava, no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha, na mesma região. Havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.
De acordo com a polícia, em 2016, José Luiz, então soldado da Polícia Militar, matou a esposa Elza Vesper Wesphal, de 50 anos, e um conhecido, Vitor Paulo Lima, de 51 anos, por suspeitar de um relacionamento entre os dois.

O ex-PM foi até a praça do bairro Feu Rosa e atirou contra Vitor, que morreu no local. Depois, dirigiu-se até a casa onde morava com Elza e a matou também a tiros, afirma a delegada Raffaella Almeida. "Ele acreditava que a esposa tinha uma relação extraconjugal com o Vitor. Por este motivo, decidiu matar os dois". José Luiz fugiu.

O inquérito policial já havia sido concluído na época do crime e remetido à justiça com a denúncia contra o ex-militar.

Quando foi preso, nesta semana, ele preferiu não falar nada. "Ele se reservou ao direito de prestar declaracao somente em juízo", afirma Raffaella.

A prisão ocorreu na última quarta-feira e as informações foram divulgadas ontem.

A Polícia Civil informou que ele respondeu a um processo na Corregedoria da Polícia Militar e foi expulso da corporação.

A PM informou que José Luiz de Souza "entrou na reserva remunerada no ano de 2014 e em agosto de 2016 atentou contra a vida de um amigo que a [sic] época fazia segurança comercial, no bairro Feu Rosa, Serra, e também, [sic] de sua esposa, que foi morta no mesmo local".

De acordo com a nota, a suspeita era de crime passional e o ainda policial militar fugiu.

A PM levou o caso para o Conselho de Disciplina para avaliar a conduta de José Luiz. Foi publicado no Diário Oficial do Estado que ele era procurado pela corporação, foragido desde a data do crime, e que após três avisos, caso não se apresentasse, o processo seguiria à revelia, o que acabou ocorrendo. Em julho de 2019, ele foi excluído pelos crimes praticados quando estava na reservada remunerada.