Unilever pede fim dos testes de cosméticos em animais pelo mundo

A Unilever, gigante no setor de beleza, anunciou esta semana uma campanha global para o fim de testes com cosméticos em animais ao redor do mundo. Ela é dona da marca Dove, que ganhou recentemente selo cruelty-free, dado pelo grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA).
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"A Unilever anunciou hoje seu apoio à proibição mundial de testes em animais para cosméticos como parte de uma nova e ambiciosa colaboração com a Human Society International (HSI), líder em proteção animal", informou a empresa, em nota divulgada em seu site no último dia 9.
Os testes com animais na indústria de cosméticos estão proibidos na União Europeia desde 2013, e a empresa agora espera que a medida seja adotada em outros países, conforme explica David Blanchard, diretor-chefe de pesquisa e desenvolvimento da Unilever,
Junto com a HSI, a Unilever apoiará uma reforma legislativa nos principais mercados de beleza, nos moldes do que já é adotado na União Europeia. Ela quer ainda promover uma colaboração entre as empresas e as autoridades reguladoras, para troca de informações sobre segurança e pesquisas que não envolvam animais; além de capacitação de profissionais da área.
Nesta semana, a Dove, maior marca no segmento de beleza e cuidados pessoais da Unilever, ganhou o selo livre-de-crueldade. Além disso, a PETA reconhece a Unilever como uma "empresa que trabalha para a mudança regulatória", o que indica que ela não faz testes em animais, a menos que seja especificamente exigido por lei.
No Brasil, proposta está pronta para ser votada
Em maio deste ano foi entregue à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) relatório sobre o projeto que proíbe uso de animais em pesquisas e testes para produção de cosméticos. Com isso, a proposta (PLC 70/2014) está pronta para entrar na pauta, segundo a Agência Senado.
O texto não só proíbe testes de ingredientes e de produtos cosméticos em animais, como veda o comércio de produtos que tenham sido testados e incentiva técnicas alternativas para avaliar a segurança das formulações.
Os testes em animais só poderão ser permitidos pela autoridade sanitária em situações excepcionais, em que houver "graves preocupações em relação à segurança de um ingrediente cosmético" e após consulta à sociedade. Para isso, é necessário que o ingrediente seja amplamente usado no mercado e não possa ser substituído; que seja detectado problema específico de saúde humana relacionado ao ingrediente; que inexista método alternativo de teste.
As empresas terão prazo de três anos para atualização de sua política de pesquisa e desenvolvimento e adaptação de sua infraestrutura para um modelo de inovação responsável. A proposta não gera impacto no desenvolvimento de medicamentos e vacinas: ela se restringe ao teste de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
Ao todo, 37 países já aprovaram leis proibindo ou limitando testes em animais para cosméticos ou a venda de cosméticos testados em animais, incluindo as 28 nações da União Europeia (UE).
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