Mulher passa oito meses sem lavar o cabelo e vê resultado positivo; entenda

Enquanto a maioria das pessoas lava os cabelos dia sim, dia não, a britânica Virginia Tapp adota uma rotina um pouco diferente e não lava os fios há oito meses. 

Em entrevista ao "Daily Mirror", ela disse que lava a cabeça apenas com água quente e, vez ou outra, para eliminar o acúmulo de oleosidade, esfrega os fios com uma colher de bicarbonato de sódio diluída. 

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“Comecei a fazer isso [parar de lavar os fios] porque queria usar menos produtos químicos no corpo e enviar menos produtos químicos pelo ralo. Não é estranho que a gente tenha que usar três tipos diferentes de sabonete quando tomamos banho?“, questionou Virginia, que tem 27 anos e é mãe de duas crianças. 

A "transição" demorou alguns meses para dar certo e Virginia só notou mudanças positivas – como fios menos embaraçados e menos oleosos – depois de seis meses. 

"Parei de lavar os fios há seis meses. Essa é a foto do meu cabelo ontem à noite. Parece que ninguém morre por deixar de usar xampu", escreveu, em foto publicada em maio. 

Virginia diz que é adepta à técnica "no poo", que incentiva pessoas a abolirem o uso de produtos químicos nos cuidados pessoais, substituindo esses itens por produtos naturais, do xampu ao desodorante e à pasta de dentes. 

Pode? 

De acordo com a tricologista Marcela Buchaim, os fios podem até parecer mais saudáveis depois de um período sem lavagem, mas o mesmo não acontece com o couro cabeludo. 

Mesmo adeptos à técnica "no poo" precisam lavar a cabeça com agentes capazes de eliminar a gordura acumulada naturalmente pelo suor, coisa que a água sozinha não faz. "É preciso usar uma espécie de detergente para evitar que essa gordura obstrua o crescimento dos fios, oxigenem o couro cabeludo e até mesmo proliferem fungos", diz Buchaim. 

A longo prazo, não eliminar esse acúmulo de suor pode até gerar infecções. 

"O ideal é lavar a cabeça pelo menos duas vezes por semana. Quuem não quer usar química pode optar por uma mistura de bicarbonato com vinagre de mação, por exemplo, ou recorrer a produtor naturais, como os derivados do milho", sugere a tricologista.