Depilação: saiba quando a decisão de tirar os pelos detona sua pele
Um pavor. Foi o que virou a depilação com cera na vida da estudante de medicina veterinária Jerusa Leão, 23, desde a primeira tentativa. Aos 13, ela decidiu que se livraria dos pelos pubianos e acreditou que a cera seria o melhor caminho. Não deu certo.
"A cera acaba com a minha pele de forma medonha. Sempre que depilo as axilas e a virilha, todos os poros sangram e fico cheia de hematomas", explica.
Cera e linha
"Nunca quis depilar com lâminas de barbear e, por isso, passei anos considerando a cera como a minha única opção. Por causa disso, evitava a depilação ao máximo; vestia apenas blusas de manga comprida e calças jeans para não mostrar os pelos que eu não tinha coragem de arrancar", afirma Jerusa. Após passar por uma dermatologista, foi informada que a reação é uma combinação dos pelos grossos com a delicadeza de sua pele.
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A opção da estudante foi a fotodepilação. "Quando não tem jeito, recorro à lâmina de barbear, que é um horror". Segundo a dermatologista clínica e cirúrgica Carla Vidal, a cera é o método depilatório que mais provoca irritação na pele. Isso acontece, principalmente, com pessoas que têm tendência à foliculite.
"Quando um pelo é arrancado, o poro por onde ele sai se fecha e, muitas vezes, esse fio pode ter dificuldades de encontrar espaço para sair. Se isso acontecer, pode resultar em uma inflamação, formando bolinhas de pus ou até mesmo um cisto folicular, similar a um furúnculo", explica a especialista, que aponta a virilha como o local onde mais acontecem as inflamações. "Peles negras têm mais chance de pelos encravados porque os folículos não são lisos e, sim, encaracolados, dificultando ainda mais a saída."
Lâminas de barbear
Não é só a cera que pode prejudicar a pele. Carla garante que as lâminas de barbear também têm seu lado ruim. "Quando a pele está ressecada, a lâmina pode cortar a derme junto com os pelos. Por isso, quem opta por utilizar esse método de depilação precisa hidratar bem a pele antes de cortar os fios". Além disso, pode causar alergias. "A gilete corta os pelos rente à pele, por isso encravam."
Para a arquiteta Elisa Horta, 25, usar as lâminas não é tão simples. Ela precisa trocá-las sempre que vai depilar a virilha. "Se não, sempre que vou raspar os pelos, eles encravam. Além disso, só posso usar calcinha de algodão", diz.
A especialista aconselha que pessoas com problemas com as lâminas, troquem por máquina de trimming, que também corta os pelos. "O trimming não corta de forma linear e isso dificulta que os pelos encravem", diz.
Laser
De acordo com o dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo Caio Lamunier, a depilação a laser é a que mais machuca a pele porque atinge o bulbo, impedindo que o pelo volte a crescer. Apesar disso, o método é o mais indicado. "Como o laser impede o crescimento dos fios, a mulher vai precisar de menos sessões para se livrar deles. Por isso, na prática, a derme recebe menos agressividade", explica.
Carla concorda sobre a eficácia do laser, mas afirma que o procedimento só pode ser feito por clínicas especializadas. "Dependendo do tipo de pele, o laser pode queimar, provocando um trauma gigante na derme. Peles claras precisam de mais energia para combater os pelos, enquanto peles escuras precisam de menos. Caso a dosagem de energia não seja feita, a máquina pode causar graves queimaduras."
É o caso da estudante Stella, 19, que precisou do laser porque sua pele não aceitava nenhum outro método de depilação. "Procurei uma clínica barata e tive minha pele da virilha queimada. Desisti do laser por um ano, até encontrar um lugar que fizesse o procedimento, recomendado pela minha dermatologista. Completei as 10 sessões e realizo as manutenções a cada cinco meses. Meus pelos diminuíram muito."
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