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Adeus, Pamela Anderson: próteses menores para seios são tendência atual

Livia Valim

Colaboração ao UOL, em São Paulo

02/10/2015 07h00

Quem não se lembra de Pamela Anderson, em “SOS Malibu”, correndo com os seios se movendo no ritmo da trilha sonora? Nos anos 90, a paixão pela comissão de frente avantajada dos norte-americanos influenciou a popularização do aumento dos seios no Brasil. Porém, isto vem mudando ao longo dos anos e a tendência agora são próteses menores e mais harmoniosas.

"Antes, a procura mais comum era por implantes de cerca de 300 ml. De 10 anos para cá passaram a ser mais frequentes as cirurgias com 400 a 450 ml e, no último ano, voltou a tendência de 250 a 300 ml", analisa o cirurgião plástico Sandro Lemos, membro estrangeiro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.

Os médicos vêm percebendo que, tanto na primeira cirurgia quanto na hora de trocar o silicone, as mulheres estão preferindo um visual mais natural e proporcional. "É uma tendência que ainda está incipiente, mas já vejo uma redução no volume dos implantes de 10 a 15% no Brasil. Esse movimento já está bem claro nos Estados Unidos", diz Prado Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

A admiração pela elegância das modelos de passarela tem grande influência nesse desvio de rota. Se antes as atrizes voluptuosas serviam de padrão de beleza, hoje as próprias artistas se inspiram nas top models para conseguirem contratos na indústria da moda.

E seios grandes podem atrapalhar na hora de se vestir, pois a numeração da parte de cima fica desproporcional com a de baixo. "Muitas mulheres trocam as próteses por tamanhos menores porque se incomodam com a falta de harmonia corporal. Elas dizem que querem se vestir melhor", explica Sandro Lemos, que até já atendeu paciente que preferiu retirar o silicone e não substitui-lo quando deu o tempo para a troca.

Duas cirurgias em uma
Dependendo do tipo do material, é recomendado trocar o implante a cada 10 a 20 anos. Quem pretende reduzir o tamanho da prótese na hora da substituição tem que ter em mente que a cirurgia pode ser um pouco mais invasiva. "Geralmente, é necessário associar a troca do implante com a retirada de pele. Só se as mamas forem firmes e a pele saudável que não precisará", ensina Prado Neto. A cicatriz, nesse caso, será em "T" invertido, um desenho feito no sulco das mamas, em direção à auréola e na própria auréola.