Técnica de micropigmentação ajuda mulheres que querem disfarçar cicatrizes
Realizada em clínicas com profissionais especializados, a micropigmentação é um procedimento indicado para mulheres que desejam redesenhar ou recriar sobrancelhas, como em casos de alopecia, quando não nascem mais pelos na região, além de ajudar a camuflar cicatrizes, fazer delineador nas pálpebras, contorno dos lábios ou redesenhar aréolas em casos de mastectomia. Também chamada de dermopigmentação, a técnica é feita com o uso do dermógrafo, um aparelho em formato de caneta com agulhas na ponta.
É tatuagem?
Tanto na tatuagem como na micropigmentação, a cor é aplicada na derme, porém a diferença fica por conta do pigmento, que é mais leve, e do aparelho usado, pois a rotação do dermógrafo é mais baixa em comparação à da pistola para tatuagem e não atinge uma camada tão profunda da pele. "A micropigmentação pode sair sozinha em até dois anos, diferentemente da tatuagem, que não sai naturalmente. Por isso, é indicado recorrer ao procedimento e não fazer maquiagem definitiva quando a mulher precisa de correções mais visíveis, pricipalmente no rosto", explica a médica Dayana Garcia Alves, especialista em cirurgia plástica, em São Paulo.
Como funciona
As sessões são agendadas de acordo com o que a cliente precisa redesenhar ou camuflar na região escolhida. Antes do procedimento começar, aplica-se uma pomada anestésica para suavizar o incomodo causado pela agulha. Já o pigmento é hipoalergênico, para evitar futuras complicações, além de ser mais claro em comparação ao usado na maquiagem definitiva, por isso se adapta melhor ao tom do cabelo e das sobrancelhas e cria um resultado mais natural.
"Essa é a grande vantagem sobre a tatuagem ou maquiagem definitiva, que tem como principal queixa a mudança de cor da pigmentação com o tempo, principalmente para o azul, que é indesejado", explica a Dayana Garcia Alves. Materiais como agulhas, batoques e ponteiras são descartáveis, e uma sessão custa a partir de R$ 320.
Por que fazer?
Para Vanessa Silveira, esteticista e diretora da Vanessa Silveira Clínicas de Micropigmentação, em São Paulo, "a técnica ajuda a alavancar a autoestima da mulher e ameniza não só desconfortos estéticos, mas também melhora marcas de doenças e faz com que a pessoa se sinta mais confiante", define. Por isso, o procedimento também é indicado para complementar cirúrgias estéticas e reparadoras.
"É possível camuflar desde pequenas manchas acrômicas (sem cor), passando pelo vitiligo (já estabilizado), marcas de cicatrizes cirúrgicas, cicatrizes acidentais ou em casos de alopecia", conta Vanessa. A técnica também é indicada na reconstrução de aréolas mamárias, depois que a mulher fez mastectomia, por exemplo, e já se tornou aliada de médicos cirurgiões na complementação de seus trabalhos.
Quando fazer?
Para Vitorio Maddarena, cirurgião plástico da Clínica Maddarena, em São Paulo, o médico determina o diagnóstico e, a partir daí, o paciente decide o que quer fazer. "O cirurgião plástico, como é o especialista que trata das reconstruções corporais e faciais, orientará adequadamente o paciente se a micropigmentação é a melhor conduta para determinado caso", diz.
E se eu não gostar?
A micropigmentação é reversível em todos os casos. Caso não queira fazer retoques, o pigmento desaparece com o tempo, em média, em até dois anos. Se não gostar do resultado imediato, é possível fazer a retirada do pigmento com laser, depois que a região cicatrizar, para remover totalmente. "O laser não elimina os pelos da área, ele atua diretamente no pigmento, não no bulbo capilar. Não precisa ter medo de perder os pelos da sobrancelha, por exemplo", explica Dayana Garcia Alves.
*Os preços, pesquisados em março de 2015, são uma média de mercado e podem variar de acordo com o local.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.