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Coreia do Sul faz sucesso com cosmético de alga e "gosma de lesma"

O creme de gosma de lesma é uma das especialidades coreanas - Reprodução
O creme de gosma de lesma é uma das especialidades coreanas Imagem: Reprodução

29/01/2016 09h58

Se você nunca usou um creme facial coreano feito de gosma de lesma, não sabe o que está perdendo. E também se nunca usou por duas horas uma máscara facial feita de algas marinhas.

A Coreia do Sul é um país obcecado por tratamentos de pele. As sulcoreanas gastam o dobro das americanas com produtos de beleza, posicionando o país está na vanguarda da pesquisa por produtos de beleza, cujas exportações estão crescendo. Só no ano passado, o setor vendeu mais de US$ 2,64 bilhões ao exterior, contra US$ 1,9 bi em 2014, e US$ 1 bi em 2012.

Boa parte vai para os Estados Unidos, onde cosméticos coreanos já ganharam até um apelido: "K-beauty". Parte do charme está em ingredientes nada tradicionais no mercado ocidental.

Gosma de lesma

Sarah Lee e Christine Chang importam produtos coreanos para os Estados Unidos - Reprodução - Reprodução
Sarah Lee e Christine Chang importam produtos coreanos para os Estados Unidos
Imagem: Reprodução

A gosma de lesma, por exemplo, supostamente estimula a formação de colágeno e elastano, atua na hidratação da pele e no tratamento de espinhas. Empresas como Glow Recipe, pertencente às coreano-americanas Sarah Lee e Christine Chang, ambas ex-funcionárias da gigante L'Oreal, é uma das principais importadoras de ingredientes para "K-beauty" nos EUA.

A empresa também usa cogumelos "ultra-hidratantes" e algas marinhas, aplicadas em máscaras que são campeãs de venda e custam US$14 o pacote. 

Os tratamentos coreanos de beleza, porém, não seguem a regra básica de seus concorrentes ocidentais. No lugar dos três passos (limpeza, tonificação e hidratação), os coreanos usam 10, incluindo elementos como essência, ampolas e máscara.

Megan McIntyre, diretora de beleza e estilo de vida no site novaiorquino refinery29.com, diz que a maioria das mulheres americanas não consegue manter os 10 passos comuns às coreanas. "Depois de um tempo, as americanas ficam cansadas", diz. Por isso, empresas americanas, como a Peach and Lily, fazem curadoria online para quem quer usar produtos K-beauty. E, geralmente receitam apenas 5% dos cosméticos provenientes do país asiático em mercado.