Entre a fé e a música: aos 85, Dona Onete mantém tradição no Círio
Aos 85 anos, a cantora Dona Onete viveu mais um Círio de Nazaré, em Belém do Pará - onde ela foi pela primeira vez, ainda menina, nos anos 1950.
"Eu vim no Círio, mas ainda era muito pequenino, o carro dos fogos era puxado por bois. Hoje se transformou na fé, que é o que estamos nos apegando", diz ao TOCA, que esteve na capital paraense acompanhando a festa.
Nascida em Cachoeira do Ariri, no interior do Pará, Dona Onete solta a voz desde que tinha 4 anos. Cantarolou em saraus, criou grupos de danças folclóricas e organizou agremiações carnavalescas, mas preferiu seguir a carreira de professora de História.
Hoje, conhecida pelo seu "carimbó chamegado", Dona Onete mantém a tradição de viver plenamente a tradicional festa. E agradecer.
"É o nosso Natal. No Círio todo mundo se junta, [tem] a maniçoba, as comidas típicas, todo mundo vai chegando e vai comendo. É uma grande confraternização", diz. "É uma cidade que abraça todo mundo. Eu espero que este Círio nos levante ainda mais. Pandemia já passou, a gente está bem."
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