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Prepare a gorjeta: já tem plano para esse robô-garçom dominar os botecos

Robôs Penny trabalhando em um restaurante nos EUA - Divulgação
Robôs Penny trabalhando em um restaurante nos EUA Imagem: Divulgação

Thiago Varella

Colaboração para Tilt

02/02/2020 04h00

Logo você não vai mais ter de gritar "ô, amigão" para chamar o garçom no seu restaurante favorito. Isso porque, daqui algum tempo, você vai ser servido por um robô. Um dos principais modelos do mercado, a Penny, da Bear Robotics, recebeu um investimento de US$ 32 milhões e vai ser produzido em larga escala.

Hoje, a Penny, que está em sua segunda geração, consegue levar pratos e bebidas até a mesa dos clientes usando suas múltiplas bandejas. O robô roda sozinho pelo salão do restaurante e é equipado com uma bateria que dura de oito a 12 horas.

"É uma tecnologia autônoma que foi adotada para o espaço interno, para que navegue com segurança do ponto A ao ponto B. Um funcionário coloca a comida na Penny e ela encontra uma maneira de chegar à mesa. Muitos robôs de aparência semelhante têm pontos cegos, mas o nosso não. Ele pode detectar as mãos do bebê no chão e algo tão fino quanto uma carteira que caiu da mesa de alguém", afirmou John Ha, fundador e CEO da Bear Robotics, ao site TechCrunch.

Não estamos usando braços de robô, porque é muito difícil torná-lo 100% seguro quando você tem braços em um espaço lotado. O material - será plástico - é seguro, fácil de limpar e capaz de trabalhar com os desinfetantes e detergentes usados em restaurantes. Também tivemos que garantir que as rodas não acumulassem resíduos de alimentos, pois isso causaria problemas com o departamento de saúde.

Para John Ha, seu robô não vai tirar empregos de humanos. Segundo o executivo, que já foi dono de restaurante, a ideia é que Penny faça, digamos, o trabalho sujo para que os garçons se concentrem em "passar mais tempo com os clientes".

"Nossos dados mostram que a Penny aumentou o tempo dos garçons com os clientes em 40% e recebeu avaliação positiva de 95%", escreveu Ha em uma rede social.

Segundo Ha, o índice de rotatividade de emprego em restaurantes é bastante alto (cerca de 75% nos EUA). Por isso, para muitos empresários a Penny pode ser uma boa saída.

Por enquanto, de fato, a robô não vai conseguir substituir totalmente os humanos, já que não consegue servir ou retirar os pratos da mesa. Além disso, falta toda a simpatia humana, porque Penny não sabe sorrir, dar bom dia ou anotar pedidos específicos como "sem cebola, por favor".

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