Conteúdo publicado há 1 mês

'Ainda Estou Aqui': filme que concorre ao Oscar é baseado em história real

"Ainda Estou Aqui" foi indicado ao Oscar 2025 de melhor filme. O longa-metragem de Walter Salles fez história com indicações em outras duas categorias: melhor filme estrangeiro e melhor atriz, com Fernanda Torres.

Veja a lista completa de indicados ao Oscar

O filme é baseado em uma história real no livro homônimo lançado pelo jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva em 2015.

Divulgação

Divulgação

27% OFF
de R$ 79,90 por R$ 57,63COMPRAR

Disponível na versão e-book por R$ 27,90.

Qual a história de 'Ainda Estou Aqui'?

Eunice Paiva e Rubens Paiva
Eunice Paiva e Rubens Paiva Imagem: Reprodução/Instituto Vladimir Herzog

Obra narra a história real de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice) e sua busca pelo marido, Rubens Paiva (Selton Mello), vítima da ditadura militar. O então deputado foi levado por agentes da Aeronáutica em 20 janeiro de 1971 de sua casa no Rio de Janeiro à sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) na capital fluminense.

Eunice Paiva nasceu em São Paulo, cursou Letras na Universidade Presbiteriana Mackenzie e teve cinco filhos: além de Marcelo, a jornalista Maria Eliana, a empresária Ana Lúcia e as psicólogas Vera e Maria Beatriz.

Eunice e a filha mais velha, Maria Eliana, então com 15 anos, também foram levadas ao DOI-Codi. A adolescente ficou um dia no local, e a mãe foi interrogada por duas semanas até ser liberada.

Continua após a publicidade

Militares alegavam que Rubens Paiva foi sequestrado por "terroristas de esquerda". Versão oficial dizia que ele foi levado durante um deslocamento para depor ou teria fugido para Cuba, onde tinha outra família.

Eunice se empenhou na busca pela verdade sobre a morte do marido e, mais tarde, voltou a estudar e trabalhar. Em 1973, começou a faculdade de Direito, atuando em causas políticas e sociais.

Ela recebeu o atestado de óbito dele apenas em 1996. Eunice foi uma das principais articuladoras da aprovação da lei 9.140, em 1995, que reconhecia a morte de desaparecidos políticos durante a ditadura militar.

Rubens Paiva foi morto no DOI-Codi, e corpo jogado no mar em 1973. Documentos obtidos em 2013 pela Comissão Nacional da Verdade confirmaram a entrada de Rubens Paiva no DOI-Codi, até então negada por militares e só relatada por testemunhas. Ele foi torturado e morto entre 20 e 22 de janeiro de 1971. Seu corpo foi desenterrado várias vezes, até ser jogado na costa do mar do Rio de Janeiro dois anos após a morte.

Eunice Paiva morreu aos 86 anos, em 2018. Ele convivia com o Alzheimer desde 2004 e morreu de causas naturais.

Oscar no domingo de Carnaval

Dolby Theatre, onde tradicionalmente acontece a cerimônia do Oscar
Dolby Theatre, onde tradicionalmente acontece a cerimônia do Oscar Imagem: Getty Images
Continua após a publicidade

A cerimônia do Oscar está marcada para o dia 2 de março. O evento será exibido no Brasil a partir das 21h pela TNT e pela Max.

Anúncio dos indicados foi adiado duas vezes. Originalmente, a lista seria divulgada no dia 17 de janeiro. Devido aos incêndios que afetaram Los Angeles, no entanto, o anúncio foi adiado para o dia 19 e, em seguida, para esta quinta-feira (23).

Ao comprar pelos nossos links, ganhamos uma comissão, mas você não paga nada a mais por isso. O UOL não é dono nem participa da comercialização dos produtos oferecidos neste conteúdo. Dessa forma, não nos responsabilizamos pelos itens anunciados.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.