Difícil achar seu filme favorito no streaming? Use este 'hack' de 3 letras
A mídia física ressurgiu na última década. LPs, CDs, K7s: o apego à materialidade virou fenômeno e passou a afetar o lucro de grandes artistas e gravadoras.
Mas, mesmo sendo um defensor do vinil, reconheço que o formato cujo revival se faz mais pertinente hoje é outro: o DVD (ou blu-ray, o DVD de alto armazenamento).
Adquirir filmes e séries, seja para montar um acervo ou manter títulos favoritos, tornou-se imperativo na era do streaming. E você não precisa ser colecionador para fazer isso.
Dou seis fortes motivos que ajudam a explicar essa tese.
Motivo 1: facilidade para encontrar um filme
Atire a primeira pedra quem nunca se irritou ao não encontrar algo que queria ver. A fartura de plataformas de vídeo pulverizou o mercado.
Acessar um título favorito ou um lançamento virou uma maratona que pode terminar com (mais) uma assinatura desnecessária. A conta sai cara.
Soma-se a isso a volatilidade das plataformas. Filmes e séries vêm e vão à medida que as empresas renegociam contratos e repensam estratégias —nisso, muitos acabam caindo no limbo.
Não é surpresa que a pirataria tenha voltado a crescer com a popularização dos vídeos sob demanda.
Motivo 2: acervos de streaming são limitados
Não importa quantos serviços assinamos. Streamings oferecem apenas uma pequena fração do número de filmes e séries disponíveis em DVD.
Vários nunca foram disponibilizados ou aparecem apenas para compras digitais.
Motivo 3: preço
A hora de comprar é agora. DVDs estão baratos como nunca: novos ou usados, em lojas físicas ou e-commerce. Coisa de filmes por menos de R$ 10 e coleções completas de séries por R$ 100.
Aparelhos usados —e até alguns novos, com novas funções— estão no precinho.
Lembre-se que a Netflix pagou US$ 500 milhões para ter a sitcom "Seinfeld". Mas ela pode ser sua para sempre por menos de R$ 500. É só procurar direitinho.
Motivo 4: extras
Entrevistas com realizadores. Diretores e atores comentando cenas e episódios. Roteiros manuscritos na tela. Curiosidades de produção que não estão na internet.
Edições alternativas, remasterizadas, com versão do diretor e cenas deletadas. Making of. O streaming, com seus concorridos servidores, não costuma mostrar nada disso.
Boas edições de DVDs são o Santo Graal de fãs.
Motivo 5: blu-ray tem qualidade superior
Não que isso importe a todos, mas a mídia física alcança resoluções de imagem e áudio superiores às do streaming.
A Netflix, por exemplo, afirma reproduzir vídeos com taxa —quantidade de dados transferidos— de até 16 megabits por segundo em sua versão mais parruda de 4K, sob internet de alta velocidade.
Blu-rays possuem um padrão de 40 megabits para resolução 1080p, podendo chegar a 128 megabits em discos 4K Ultra HD.
O áudio também é mais nítido, sem compressão e com menos perdas sonoras.
Motivo 6: a liberdade de estar offline
Não há nada pior do que assistir a uma das cenas mais críticas e intensas de um filme e ser interrompido por problemas de conexão. Isso arruína a experiência.
Estar offline é estar livre de instabilidades na internet, comuns nas operadoras brasileiras, e mesmo das corriqueiras falhas de apps e dispositivos.
Desvantagens: como lidar
Evidentemente, o streaming possui suas vantagens. A conveniência e a acessibilidade estão no topo da lista.
Não pretendo cancelar meus serviços de streaming nem pregar que você, leitor, faça isso. Fora que os disquinhos prateados também têm seus contras.
Mas é fato que há formas simples de combatê-los. Por exemplo:
- Falta espaço para armazená-los? Não acumule e compre apenas o que realmente importa.
- Discos podem arranhar? Ache um aparelho reprodutor de qualidade e cuide bem deles.
- Impossível ver o conteúdo de um DVD no celular em qualquer lugar? Sim. Mas você não precisa abdicar da portabilidade do streaming. Usufrua o melhor de dois mundos complementares.
Mas essa é apenas a opinião deste colunista. A sua é diferente? Escreva no campo de comentários ou mande uma mensagem para mim no Instagram (@hrleo) ou X (@hrleo_). Quer ler mais textos? Clique aqui.
E até a próxima datilografada!
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.