'Na minha cabeça eu não era favorito': Fonseca relata nervosismo em queda
Eliminado na segunda rodada do Australian Open, João Fonseca lamentou a falta de experiência e o nervosismo "incontrolável", como ele mesmo definiu, na derrota diante do italiano Lorenzo Sonego nesta quinta-feira em Melbourne. Bastante sincero na entrevista coletiva, o carioca de apenas 18 anos afirmou que não conseguiu jogar da maneira que está acostumado, e que infelizmente o nervosismo tomou conta de seu corpo.
"Eu estava nervoso desde o começo do jogo. Na minha cabeça eu não era favorito, mas tinha bastante chance de ganhar. Infelizmente não consegui jogar solto e bater forte na bola, dando winners como eu gosto de fazer", comentou Fonseca após a derrota para Sonego com parciais de 6/7 (6-8), 6/3, 6/1, 3/6 e 6/3 em 3h37 de partida.
O jovem tenista brasileiro tentou explicar a queda brusca de rendimento no segundo e, principalmente, no terceiro set. "Baixei um pouco a intensidade. Meu saque baixou o nível e isso foi me preocupando. O nervosismo não estava me deixando jogar, enquanto ele foi jogando melhor, eu não conseguia me soltar".
20 comentários
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Victor Gomes
O problema é que os brasileiros têm a mania irritante de transformar seus esportistas em heróis da pátria, que representam o valoroso Brasil no exterior contra tudo e contra todos. Daí crucificam a pessoa se ela um dia perde. A transmissão do jogo na ESPN foi ridícula. Comentarista não comentava, só torcia. O moleque é somente um jogador de tênis, é muito bom e vai ser melhor ainda. Mas ele está lá para bater na bolinha, ganhar dos adversários, ganhar dinheiro e ser reconhecido. Só isso. Não é herói nem nunca será. A mesma coisa são os pilotos de fórmula 1. O cara tem que acelerar um carro e ser mais rápido que os coleguinhas, não representar a pátria. Torçam sem deslumbramento. O moleque agradece.
Luiz Roberto Pasquale
Sincericídio explícito. Calma garoto. Vc não é obrigado a ser top 10 e ainda tem que evoluir muito mental e fisicamente. Vc domina todos os fundamentos do tênis, agora é uni-los com o aspecto mental e ir em frente, sem sonhar em ser nosso Ayrton Senna ou nossos Ronaldos.
Eduardo Mendes Cavalcanti
Campanha irretocável, essa derrota do ponto de vista do aprendizado, foi importantíssima! Vamos em frente, tênisi éé assim!