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Frentista que reagiu a assédio aceita convite para luta de MMA, diz jornal

Frentista que reagiu a assédio em posto de combustíveis aceitou convite para participar do Jungle Fight - Reprodução/Twitter
Frentista que reagiu a assédio em posto de combustíveis aceitou convite para participar do Jungle Fight Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

19/05/2022 11h34

A frentista que reagiu a um assédio em um posto de combustíveis de Porto Alegre aceitou o convite feito por Wallid Ismail para participar de uma luta de MMA, de acordo com o jornal 'Extra'. A mulher, que prestou queixa por importunação sexual nesta semana, foi convidada pelo ex-lutador e hoje presidente do Jungle Fight para estrear nos ringues.

"Pessoas corajosas merecem destaque. Se ela quiser, já está até contratada para o Jungle Fight", afirmou Ismail, ao 'Extra'. "Topo sim", respondeu a frentista, de 22 anos, ao saber do convite.

O ex-lutador destacou que as três primeiras lutas da próxima edição do torneio, que acontecerá em agosto, no Rio de Janeiro, serão dedicadas justamente para estreantes na modalidade. "Ela vai me dizer onde é que ela mora e eu até indico um lugar para treinar", acrescentou.

"Só tapão! Direto de direita! Ela é invocada, que guerreira! O cara perdeu a noção, mereceu", comentou Ismail sobre a sequência de golpes da frentista. Após ter sido assediada, ela emendou mais de dez socos e derrubou o homem em questão.

"Levo [jeito] mesmo, mas não sou lutadora", disse a frentista, ao 'Extra'. Ela contou ainda que ficou com a mão roxa e inchada. "Nunca fiz aula, nada. Apenas meu pai, quando eu era menor, me incentivava a dar soco naqueles sacos de pancada. Sempre gostei de luta, mas nunca precisei dar soco em ninguém [até então]", completou.

O caso de assédio

Após o episódio que aconteceu no último domingo (15), no posto em que trabalha, a frentista conversou com Universa e pediu para não ter seu nome divulgado por medo de represália. Ela disse que o acusado é conhecido dos colaboradores do posto. "Ele costumava comprar e distribuir balas para nós. Eu não tinha nenhum tipo de relação com ele, apenas sabia seu nome", detalhou.

No dia em questão, a frentista revelou que o acusado foi até ela e perguntou se poderia pegar o seu contato nas redes sociais. "Nem respondi, não dei importância para o que ele falava". Foi então que a situação saiu do controle. "Foi muito rápido, nem deu tempo de reagir. Ele colocou as mãos em minhas partes íntimas. Não foi na coxa ou no meu bolso, como comentaram, foi na virilha. Eu fiquei muito nervosa. Nunca tinha sofrido nada parecido", relatou.

"Nós, mulheres, estamos cansadas de tantos casos de violência, assédio e importunação. A maioria de nós tem medo, receio do que pode ocorrer depois. A raiva foi tanta que eu parti para cima dele, não acho que fiz certo, mas só quis revidar, mostrar que ele não pode fazer o que quiser", finalizou.