Jogadores do Botafogo se incomodaram com vazamento sobre premiação
O UOL apurou que o vazamento das questões de pagamento e de ameaça de não comparecimento à reapresentação do Botafogo no próximo dia 14 incomodou alguns jogadores, sejam os que estão no elenco como também os que saíram, acusados pela diretoria de terem a culpa pela polêmica.
O que aconteceu
Os atletas insatisfeitos entendem que a melhor forma de se resolver a questão era internamente. Eles cobram o pagamento das premiações referentes aos títulos brasileiro e da Libertadores, além de parcelas do 13º, FGTS e férias.
A questão gerou uma nota oficial do Botafogo. O clube alega que os jogadores que saíram reivindicam um aumento de 25% dos prêmios que haviam sido previamente acordados, algo que não foi aceito. O Glorioso também acusa tais atletas de terem vazado a situação para a imprensa. Uma outra versão, de bastidor, aponta que o vazamento partiu de staffs de alguns dos boleiros.
O tom afrontoso da nota também incomodou jogadores. Alguns entendem que todos os que saíram do clube foram colocados no mesmo bolo, já que não houve uma citação nominal dos supostos envolvidos.
O lateral esquerdo Marçal externou a insatisfação publicamente. A entrevista foi dada ao "Charla Podcast", onde detalhou o que foi debatido com a diretoria:
A gente foi para a base do dólar. O dólar estava R$ 5,10 naquela altura. Pedimos para que a premiação fosse paga no mínimo de R$ 5,10, isso era ainda na fase de grupos. O Botafogo nos apresentou com o dólar a R$ 5,10, só que o dólar está R$ 6 e alguma coisinha e é uma diferença grande. Foi uma reunião há 20 dias e pedimos para o Thairo (Arruda, CEO do clube) que nós, jogadores, tivéssemos uma premiação igual para todos. Quando chega a planilha, está fixado no valor de R$ 5,10. Nós tínhamos pedido para colocar mínimo de R$ 5,10 e não fixar. E agora disse que nós pedimos 25% a mais. Todos saímos da reunião achando que foi positivo, mas até hoje não tivemos resposta. A resposta foi agora através da nota
Marçal, ao Charla Podcast
Insatisfeito, um grupo de jogadores ameaça não se reapresentar dia 14 se os pagamentos não forem quitados. O Botafogo, por sua vez, contesta o atraso alegando que só recebeu o repasse da CBF pelas premiações no dia 27 de dezembro e que, em seu cálculo, os depósitos deverão ser feitos até 20 dias úteis após o recebimento.
Na cerimônia de abertura do Campeonato Carioca, na última quinta (9), nenhum dirigente da SAF compareceu. O Botafogo foi representado pelo presidente do clube associativo, João Paulo Magalhães, que embora não se envolva na parte de pagamentos do futebol, classificou toda a polêmica como "fake news".
Eu lamento muito as fake news, a desinformação. As pessoas estão querendo tumultuar o ambiente do campeão da América do Sul e brasileiro. É um clima extremamente vitorioso, temos jogadores na seleção... É uma maldade o que estão tentando fazer. Nada disso vai abalar o Botafogo, a SAF e o John Textor. Tenho certeza que vamos repetir o ano grandioso em 2025
João Paulo Magalhães, presidente do Botafogo associativo
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.