Os jogadores de Atlético-MG e o Cruzeiro enfrentarão rostos bem conhecidos no Campeonato Mineiro, que começa no próximo dia 18 — e não estamos falando do elenco do tradicional América-MG, mas sim do Itabirito Futebol Clube.
Gato para combater Galo e Raposa
O Itabirito foi fundado em maio de 2022 e tem como mascote um gato: na verdade, trata-se do "gato do mato". A escolha envolve uma história folclórica da cidade homônima que relata a luta, há décadas, de um felino selvagem em meio a uma tragédia.
O clube cresceu no modelo SAF e já colhe frutos. Há três anos, disputou a última divisão de Minas e conquistou o acesso para o "Módulo II". Em 2023, faturou o título da 2ª divisão local e, na temporada passada, ficou na 7ª posição do principal torneio estadual.
O calendário de 2025 está recheado porque o Itabirito vai disputar, além do Campeonato Mineiro, a Série D do Campeonato Brasileiro. Não haverá, portanto, qualquer paralisação nas atividades após o regional.
Classificação e jogos
Para encarar os pesados Atlético-MG e Cruzeiro no início do ano, o elenco foi reforçado com vários medalhões, incluindo os atacantes Jô e Luan, ex-Corinthians e Palmeiras, respectivamente. O Itabirito ainda tem o lateral Patric, ex-Galo, e o goleiro Júlio César, ex-Fluminense, no elenco. Nomes como o meio-campista Lissandro, formado no Grêmio, também preenchem o plantel do técnico Cícero Júnior.
O Gato não vai jogar na cidade de 53 mil habitantes, que faz divisa com Ouro Preto e fica a cerca de 60 km da capital Belo Horizonte. O motivo? O Estádio Coronel Afonso de Moura Castro, o principal do município, comporta apenas 640 pessoas e não atende aos requisitos da FMF (Federação Mineira de Futebol).
A Arena Independência, do América-MG, foi escolhida para sediar as partidas do Itabirito neste ano — a receita de utilizar Belo Horizonte como "casa" já foi utilizada na última temporada.
Terra de Telê
A cidade tem em seu "DNA" um grande aliado: considerado um dos maiores nomes da história do futebol nacional, Telê Santana é natural de Itabirito. Ele, inclusive, iniciou sua trajetória no esporte no ainda ativo Itabirense Esporte Clube antes de partir para São João del Rei e chegar ao Fluminense, sua primeira grande equipe.
O ex-técnico tem até estátua no município, inaugurada em 2007, um ano após a sua morte — a cidade também foi palco do nascimento da jornalista Adriana Araújo, âncora do Jornal da Band.
7 comentários
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Wagner Xavier de Mello
Agora falta contratar alguns geriatras.
Helimar Souza Cabral
Só espero que eles tenham folego para conseguir jogar 2 tempos. Brincadeira a parte, é muito bom ver que pelo menos no futebol o talento não se limita na idade. O futebol mineiro agradece, precisamos de mais competividade e torcedores raízes que virão com esse time...ninguém mais aguenta as organizadas que afastaram as familiais dos estádios.
Wilson Aroma
Será que os torcedores não vêem que esses jogadores só querem tirar dinheiro do time?