Definição da CBF não impede confusão de uniformes em jogos do Brasileirão
Da combinação inicial dos uniformes de Botafogo e Corinthians, só restou uma camisa listrada ao fim da partida.
Branco de um lado, detalhes em preto de outro e um cenário de confusão marcaram o início da partida e o primeiro tempo dos dois alvinegros, no jogo deste sábado (14), no Nilton Santos, pelo Brasileirão.
Calhou de os próprios clubes encontrarem a solução para o segundo tempo. Tudo porque o que foi definido antes do jogo por parte da CBF, na prática, não deu match.
Mas o que não casou bem nisso tudo?
Como a CBF define os uniformes
A definição dos uniformes para os jogos do Brasileirão é feita em um sistema da CBF chamado Gestão Web. E isso não foi suficiente para evitar a confusão.
Nesse sistema, os dois times envolvidos apontam qual conjunto pretendem usar. O dono da casa tem a preferência para usar o uniforme número 1, conforme o Regulamento Geral de Competições (RGC). Assim fez o Botafogo.
Diante do que é apontado pelos clubes no sistema, a diretoria de competições da CBF checa e confirma aos envolvidos qual roupa eles vão usar.
A atribuição da CBF para bater o martelo sobre uniformes é reforçada em outro documento, a ata de organização do jogo, fechada na federação em que o jogo acontece. No Rio, a Ferj. O delegado da partida e os clubes já sabem qual foi a designação da CBF.
Há a orientação para o funcionário responsável observar rodadas anteriores e estimar como ficará a combinação para as partidas subsequentes. Na prática, isso está sujeito a escolhas não tão certeiras.
O uniforme do Corinthians, por seus detalhes pouco convencionais deste ano, esteve mais uma vez em meio a uma confusão. Já tinha acontecido contra o Atlético-MG, que também usa listras verticais e calção preto.
Atraso no jogo
Na noite deste sábado, bastou terminarem o hino e os cumprimentos para os capitães de Botafogo e Corinthians, Marlon Gomes e Romero, ponderarem com a arbitragem que poderia haver confusão.
Segundo a súmula do árbitro Anderson Daronco, houve atraso de quatro minutos para o início da partida. A situação gerou aquela sensação: isso não poderia ter sido resolvido antes? Certamente, até no sistema da CBF.
Em campo, ao fim das contas, "chegou-se ao consenso de iniciar o jogo" do jeito que cada time estava. Mesmo com o Corinthians já trazendo à beira do campo as camisas pretas.
No jogo, não foi possível perceber erros de passes causados pelos uniformes. Tampouco isso influenciou no pênalti perdido por Romero.
A troca para o segundo tempo
No intervalo, ainda segundo a súmula, "ambas as equipes se prontificaram em mudar seus uniformes". O Botafogo adotou meiões e calções brancos. O Corinthians voltou todo de preto. Aí, sim, ficou mais claro o contraste de lado a lado.

Com um gol para cada lado na etapa final, o Botafogo venceu por 2 a 1 e aumentou a distância na liderança do Brasileirão.
Atrasos de partida geralmente são punidos com multa no STJD. O valor praticado é de R$ 1.000 por minuto. Resta saber como será o comportamento do tribunal, já que, na origem, a demora se deu por conta da discussão sobre uma escolha da CBF.
3 comentários
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Neusa T. de Castro Burbarelli
Que povo ruim, Deus do céu, nem isso conseguem administrar, as tartarugas fugiram Daronco.
Wanderley Canete
Os árbitros, essas porcarias, não olham nada disso antes do jogo. Antes, teriam que analisar seus uniformes. No caso específico desse jogo eles vieram de calções pretos, para melar. Por que não usaram uniformes todo amarelo, ou azul, ou alguns até pode ser cor de rosa. Veja os jogos da Liga Europeia. RIDÍCULO
Elizeu Fabbri de Camargo
Na liga de futebol escolar, na Califórnia, existe uma regra bem simples: o time da casa usa uniforme de cor clara e o visitante de cor escura. Assisti vários jogos lá e jamais houve qualquer confusão. Os cartolas da CBF poderiam adotar o sistema, simples e aprovado.