Eliminadas da Copa, brasileiras ganham milhões de seguidores no Instagram

Apesar de uma Copa discreta, Marta arrematou mais 200 mil seguidores durante a competição. Autora de três gols na estreia, Ary Borges também viu sua rede social crescer.

Não foi a Copa do Mundo de futebol feminino dos sonhos. O Brasil foi eliminado na primeira fase na disputa realizada na Austrália e na Nova Zelândia.

Mas, se em campo o resultado não foi satisfatório, fora dele as brasileiras têm muito o que comemorar. Isso porque considerando-se a exposição midiática que tiveram as atletas durante toda a fase preparatória e mais os três jogos da primeira fase, elas alcançaram juntas mais 1,3 milhão de seguidores no Instagram.

Antes da bola rolar, as brasileiras somavam aproximadamente 7,5 milhões. O levantamento, para saber o número de seguidores que cada uma tinha, foi realizado pela primeira vez no dia 17 de julho. Nove dias depois as atletas apresentaram um crescimento de 17,3%.

Um dos maiores saltos nas redes sociais das jogadoras aconteceu após a estreia de gala no último dia 24 quando a seleção da técnica Pia Sundhage goleou o Panamá por 4 a 0. Autora de três gols naquela partida, Ary Borges foi quem mais cresceu durante a disputa do torneio saltando de 92,8 mil para 451 mil, um aumento de quase 386%.

Marta, nome mais popular da seleção brasileira e ganhadora de seis prêmios de melhor jogadora do mundo pela Fifa, além de ter sido eleita a melhor da Copa do Mundo, em 2007, saiu de 2,6 milhões para 2,8 milhões ao término da primeira fase. A rainha teve participação discreta na competição saindo do banco nos dois primeiros jogos. Na última partida contra a Jamaica foi titular e acabou substituída aos 35 minutos da etapa final.

Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, explica o crescimento conquistado pelas jogadoras brasileiras: "Quando você tem mais espaço e audiência nos canais de mídia, gera um aumento na curiosidade das pessoas, que passam a seguir os atletas nas redes sociais para acompanhar a pessoa que simpatiza ou que tem algum tipo de idolatria".

O especialista também comentou o caso de Marta: "Estar entre as melhores do mundo também fortalece isso, o maior exemplo é Marta que já ganhou diversos prêmios e, por isso, acaba se sobressaindo em relação a outras jogadoras brasileiras", concluiu.

Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, investe no fortalecimento e desenvolvimento do futebol feminino no país. Ele é membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, competição disputada no Brasil desde 2011, que envolve clubes brasileiros e estrangeiros.

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"O suporte das empresas e do governo federal são importantes para o desenvolvimento da modalidade no país. Imagine senão houvesse nenhum movimento para contribuir para a valorização e divulgação da modalidade? Já existe um aumento exclusivo para o futebol feminino no número de patrocinadores. As mídias têm dado cada vez mais espaço nas suas respectivas grades e isso ajuda algumas jogadoras a ficarem conhecidas do público. É assim que os fãs passam a querer saber mais sobre o ídolo e interagir com ele", afirma Wolff.

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