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Flu pode voltar a analisar mercado, após adeus de Gabriel Teixeira melar

Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, em entrevista coletiva - MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, em entrevista coletiva Imagem: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

02/02/2022 04h00

O Fluminense pode encontrar o primeiro contratempo na temporada 2022. Com a venda de Gabriel Teixeira ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes, não concretizada, a diretoria amplia o olhar para o mercado e aguarda nova oportunidade de trazer recursos para o caixa, mas vê as possibilidades ficarem menores com o andamento da janela de transferências.

Na última semana, o presidente Mário Bittencourt, em entrevista aos participantes do Flu Camp, havia indicado a importância de realizar uma transação. À época, a cúpula havia rejeitado a primeira proposta do Al-Wasl pelo atacante de 20 anos, e o mandatário havia indicado que outro jogador do elenco também era alvo no mercado.

"A janela de transferência fecha no fim de janeiro. Então, sempre até o último dia de janeiro, existe a possibilidade de alguém saia. Temos duas propostas para jogadores, e ainda não aceitamos elas. Mas, obviamente, temos de avaliar a questão de preço, se estamos satisfeitos com o que estão oferecendo. Por enquanto, não [há venda], mas a tendência é que até o fim da janela a gente faça alguma venda. Até porque é importante fazer venda para aliviar o caixa do clube e termos condições de fazer boa temporada com dinheiro em caixa", apontou, na ocasião.

No dia seguinte ao evento, os árabes aumentaram a investida, as tratativas andaram e houve o acerto por Gabriel Teixeira. A negociação envolvia 60% dos direitos, e movimentaria US$ 2 milhões de dólares (cerca de R$ 10,53 milhões na cotação atual).

Um impasse nos exames médicos, porém, fizeram o Al-Wasl recuar e o negócio não foi fechado dentro do período necessário. Em nota oficial, porém, o Flu afirmou que o jogador está apto "à prática de atividade esportiva" e ressaltou que "todos os apontamentos feitos em avaliação do Centro Médico da Fifa, e informados anteriormente pelo Fluminense, são comuns e normais ao profissional de futebol e não justificam de forma alguma a não contratação do jogador".

Recentemente, outra venda acabou não indo à frente. O zagueiro Nino recebeu proposta do Tigres, do México. O Flu, que tem 60% dos direitos, porém, não chegou a um acordo com o Criciúma, que detém os outros 40%.

O Tricolor passa por reformulação no elenco e já houve diversas saídas desde o fim da temporada. Não apenas de jogadores com os quais não houve renovação, mas também casos como o do meia Cazares, que tinha vínculo até o fim do ano e negociou o adeus após proposta do Metalist, da Ucrânia.

O lateral-esquerdo Marlon tem futuro indefinido. Sem tanto espaço após as chegadas de Pineida e Cristiano, o jogador, recentemente, recebeu contatos de clubes do exterior — chegou a ser capa de um jornal grego —, mas não houve uma proposta ao Flu. O também lateral-esquerdo Danilo Barcelos passa por situação parecida, mas, ao menos no momento, o cenário para possível saída não é semelhante.

Enquanto isso, os prazos para que as negociações possam ser concretizadas vão entrando na reta final em alguns países. Portugal, por exemplo, terá a janela encerrada hoje.

O Fluminense foi um dos clubes mais ativos no mercado no que diz respeito a contratações. O clube acertou com oito reforços, sendo alguns nomes considerados de peso: goleiro Fábio, os laterais Pineida e Cristiano, o zagueiro David Duarte, o volante Felipe Melo, o meia Nathan, e os atacantes Willian Bigode e Germán Cano.

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