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OPINIÃO

Arnaldo: "Gabigol é um homem do povo, da massa, o cara que se reconstruiu"

Do UOL, em São Paulo

14/07/2020 04h00

Gabigol não jogará a segunda partida da final no Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense amanhã (15), às 21h. Depois de participação no gol que deu a vitória ao Rubro-Negro no primeiro jogo da final, o atacante foi expulso pelo árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, que relatou um palavrão na súmula. Depois de uma temporada em que a torcida exibia placas com a frase "hoje tem gol do Gabigol", nos jogos realizados após a paralisação devido à pandemia do novo coronavírus, ele não pode contar com o apoio dos torcedores nos jogos.

No podcast Posse de Bola #41, o jornalista Arnaldo Ribeiro afirma que tanto a falta do público quanto a situação de indefinição da permanência do técnico Jorge Jesus atrapalham a atuação do jogador, que se tornou popular entre os flamenguistas desde a sua chegada.

"O Gabigol é um homem do povo, da massa, é o cara que se construiu ou se reconstruiu se tornando o maior ídolo nacional. Então, é o cara que vai lá e tem o cartaz para ele, que tem o Gabigordo. Estou com uma saudade da galera, mesmo a galera do New Maracanã, eu estou com saudade. O Gabigordo, do Chapolin, o sósia do Jesus está fazendo falta lá atrás dele, o cara do VAR, toda essa galera está fazendo uma falta. Estou sentindo falta absurda. Mas o Gabigol tem essa química com o povo, ele tem essa química com o torcedor, é óbvio. E ele não é um cara fácil, ele é um cara complexo", afirma Arnaldo (disponível no vídeo acima a partir de 40:40).

"Acho que o símbolo do Flamengo do Jesus tem vários grandes jogadores, mas é o Gabigol. E é com ele que o Jesus tinha mais dificuldades, sobretudo nesse aspecto disciplinar. Ele sempre falava 'falta um negocinho, ele toma cartão a mais, ele passa um pouco do ponto, ele é expulso depois de o jogo acabar, ele toma amarelo', isso, assim, eu acho que a cabeça do Gabigol está um pouco, não só a forma física está um tanto quanto estranha, mas a cabeça está um pouco dispersa. O que não quer dizer que tecnicamente ele não continue desequilibrando", completa.

Apesar de não estar se destacando pelos gols, Arnaldo vê ainda Gabigol participativo em momentos das partidas, dando assistências, como no caso do segundo gol do Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, quando ele preparou a jogada que foi finalizada por Michael.

"A gente nem presta atenção porque isso fica em último plano, mas nos poucos momentos bons do Flamengo pós-pandemia tiveram a assinatura do Gabigol numa outra função, mais de garçom e assistente do que propriamente lá dentro da área, porque já é um treinamento, uma alternativa para um segundo passo desse time do Flamengo, e ele faz tudo bem, ele é muito bom jogador. Ele está tendo prazer de dar assistência, o segundo gol era escanteio a favor do Fluminense e é gol do Flamengo. Ele faz a jogada toda e serve o Michael ali, ele vem dando as assistências todas. Tudo bem, o problema é que são pequenos lampejos dele durante a partida, mas eu acho que ele está contaminado pela ausência do povo, do público e pela questão do Jesus", conclui.

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