Unidos 'contra' arbitral, Fluminense e Botafogo veem parceria em xeque

Botafogo, Fluminense e a Federação do Rio de Janeiro (Ferj) demonstram entendimentos diferentes sobre o arbitral que aconteceu na última segunda-feira (25) e a questão pode se tornar novela nos bastidores. Paralelamente a isso, porém, enquanto o Tricolor indica que manterá a posição em relação ao retorno do futebol neste momento de pandemia de coronavírus, o Alvinegro dá indícios de que pode revisar a postura.

Em nota oficial, a Ferj prometeu analisar o pedido de impugnação de alguns pontos do encontro, assinado por Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo, e por Mario Bittencourt, mandatário do Fluminense. A entidade, porém, entende que a reunião ocorreu dentro do regulamento e não enxerga maiores problemas na questão.

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Já o clube das Laranjeiras garante que manterá a "posição firme" em relação ao que considera uma "ilegalidade" e a chance de acionar a Justiça não está descartada. O Flu diz que a soma dos votos que a Ferj apresenta, mostra, apenas, que a maioria dos clubes do Rio quer a retomada do futebol carioca "de forma precipitada", algo com o qual o Tricolor não compactua.

Segundo o UOL Esporte apurou, a cúpula entende que o cenário não permite que se dê prioridade à volta às atividades presenciais e, neste primeiro momento, será fiel à filosofia, mesmo que isso signifique ficar com os cofres "no limite". A ideia é passar a estudar saídas apenas quando houver total segurança para tal.

O Botafogo, por sua vez, compartilha a visão de que houve irregularidades no arbitral e, ao menos até aqui, é companheiro do Tricolor nesta batalha. Porém, o Comitê Executivo de Futebol do Alvinegro marcou uma reunião para amanhã (28) com o intuito de analisar uma possível volta aos treinos e quais os procedimentos adotar.

Mesmo que de forma introdutória, a pauta já aparece no radar. Um fator que a diretoria alvinegra considera de peso é o técnico Paulo Autuori, que, desde o início da pandemia, é um crítico ferrenho à prática do futebol em meio aos riscos de contágio e números cada vez maiores de vítimas.