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PSG muda filosofia e troca estrelas consagradas por jovens apostas
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Erling Haaland, Robert Lewandowski, Sadio Mané, Cristiano Ronaldo, Paul Pogba. Pela primeira vez em muito tempo, nenhuma das transferências e rumores mais impactantes da janela de transferências tem o Paris Saint-Germain como (possível) clube comprador.
O sumiço do time francês da briga pelos jogadores mais badalados do Mercado da Bola em 2022/23 não é uma simples coincidência. Ele reflete uma mudança de filosofia do presidente Nasser Al-Khelaifi.
Após uma década gastando milhões e mais milhões do governo do Qatar para levar à Cidade Luz estrelas do porte de Lionel Messi, Neymar, Kylian Mbappé, Zlatan Ibrahimovic, Edinson Cavani, Gianluigi Buffon e Sergio Ramos, o dirigente parece enfim ter se dado conta é que não é apenas com grandes nomes que se faz um time de futebol.
A gota d'água foi a eliminação precoce nas oitavas de final da Liga dos Campeões, para o Real Madrid, que fez com que o PSG continuasse sem jamais ter levantado o troféu que mais almeja.
O fiasco da última temporada derrubou o diretor de futebol Leonardo e o técnico Mauricio Pochettino, dois profissionais acostumados a lidar com estrelas. Para o seu lugar foram contratados nomes de perfil diferente, mais acostumados em lapidar talentos do que em pegá-los já prontos.
O novo dirigente responsável pelo futebol parisiense é o português Luís Campos, que ajudou o Monaco a descobrir e desenvolver Mbappé. E o treinador é o francês Christophe Galtier, campeão da Ligue 1 em 2020/21 com um Lille que já espalhou vários jovens jogadores pela Europa.
A contratação dessa dupla deixa claro que, a partir de agora, a intenção do PSG é garimpar melhor os jovens talentos que estão brotando em diversos cantos do mundo, e não mais esperar que eles se transformem em atletas "world class" para depois contratá-los por um preço bem mais elevado.
O único reforço confirmado até o momento pelo campeão francês para a próxima temporada já é um reflexo dessa mudança de filosofia. O meia Vitinha, tirado do Porto por 40 milhões de euros (R$ 222 milhões), tem só 22 anos e estreou pela seleção portuguesa adulta há pouco mais de três meses.
Os outros alvos do PSG neste Mercado da Bola, como o meia português Renato Sanches (Lille) e os atacantes Gianluca Scamacca (Sassuolo) e Hugo Ekitike (Reims) possuem esse mesmo perfil.
Apenas o zagueiro eslovaco Milan Skriniar, destaque da Inter de Milão nas últimas temporadas, é um nome mais consolidado. Mesmo assim, está longe de ser um astro do primeiro escalão do futebol mundial, como Sergio Ramos, o defensor contratado no ano passado.
Isso não significa, é claro, que as estrelas deixarão Paris. Khelaifi continua tratando a renovação de contrato de Mbappé como a maior vitória do clube nesta janela de transferências e Messi, Marquinhos e Gianluigi Donnarumma ainda são vistos como peças importantes para o clube.
O caso de Neymar é diferente. Para o presidente, o ciclo do brasileiro na capital francesa já chegou ao fim e ele deveria ser negociado. Mas Galtier aposta na recuperação do camisa 10 e quer sua manutenção no elenco.
A temporada 2022/23 do PSG começa oficialmente no dia 31 de julho, com a disputa da Supercopa da França, contra o Nantes.
Antes, no entanto, Mbappé, Messi, Neymar e cia. farão quatro amistosos preparatórios. O primeiro será frente o Quevilly, da segunda divisão, já na próxima semana. Depois, a equipe parisiense medirá forças com três clubes japoneses (Kawasaki Frontale, Urawa Reds e Gamba Osaka).
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