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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Finalista da Champions, Liverpool compra menos que rival ameaçado de queda

Luis Díaz e Sadio Mané são dois dos principais jogadores do Liverpool - REUTERS/Peter Powell
Luis Díaz e Sadio Mané são dois dos principais jogadores do Liverpool Imagem: REUTERS/Peter Powell

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Enquanto o Liverpool está na decisão da Liga dos Campeões da Europa e pode conquistar quatro títulos na temporada, o outro time importante da sua cidade tem lutado contra o rebaixamento no Campeonato Inglês.

O curioso é que a diferença financeira não justifica a discrepância de resultados entre a equipe comandada por Jürgen Klopp e seu rival Everton.

Pelo contrário, apesar de realmente ter uma arrecadação menor que o "coirmão", o time dos brasileiros Allan e Richarlison até investiu mais na contratação de novos jogadores que os finalistas da Champions na soma das últimas três temporadas.

Desde a janela de transferências de julho/agosto de 2019, o Everton gastou 233,9 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) em reforços do calibre de James Rodríguez, Alex Iwobi, André Gomes e Moise Kean.

No mesmo período, o Liverpool investiu consideravelmente menos: 178,1 milhões de euros (R$ 941,8 milhões). A diferença, na casa de 55,8 milhões de euros (R$ 295 milhões), é mais do que o clube pagou pelo atacante colombiano Luis Díaz, seu reforço mais caro dos últimos três anos.

A diferença é que, enquanto o Everton contratou em atacado e "atirou para todos os lados" em busca de algum jogador que pudesse dar certo, seu rival mais poderoso pode se dar ao luxo de fazer apenas contratações pontuais para suprir as deficiências de um elenco que já estava entre os melhores do planeta.

Díaz, por exemplo, chegou a Anfield em janeiro, oriundo do Porto, porque a diretoria identificou que havia ficado sem nenhuma opção de velocidade para o ataque além dos titulares Mohamed Salah e Sadio Mané.

Já Thiago Alcântara, o grande reforço de 2020/21, deixou o Bayern e rumou à Inglaterra depois que Klopp percebeu que seu meio-campo tinha muita intensidade física e vigor para fazer a marcação sob pressão, mas ninguém com característica de fazer a bola rodar e encontrar espaços em sistemas defensivos mais fechados.

O resultado de filosofias tão distintas pode ser visto na classificação da Premier League.

O Liverpool ocupa a segunda colocação, com 82 pontos, e está brigando cabeça a cabeça com o Manchester City pelo título do campeonato nacional mais badalado do planeta. O Everton tem 32 pontos e, na antepenúltima colocação, teria de disputar a segunda divisão pela primeira vez em quase 70 anos.

A final contra o Real Madrid, selada depois de duas vitórias sobre o Villarreal (5 a 2, no placar agregado) será a décima da história do Liverpool. Os Reds faturaram o título em 1977, 1978, 1981, 1984, 2005 e 2019. Por outro lado, foram derrotados nas decisões de 1985, 2007 e 2018.

Pelo terceiro ano consecutivo, a partida que distribuirá o título de melhor time de futebol do Velho Continente não será disputada no local inicialmente programado pela Uefa.

Depois de levar as duas últimas finais da Champions para Portugal por conta da pandemia da covid-19, a entidade europeia resolveu tirar o jogo do título desta edição de São Petersburgo como forma de sanção pela invasão da Rússia à Ucrânia.

Com isso, a partida que definirá o sucessor do Chelsea no posto de campeão europeu será agora realizada no dia 28 de maio, em Saint-Denis, nos arredores de Paris (França).

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, o Everton possui apenas 32 pontos no Campeonato Inglês, e não 50. O erro foi corrigido.