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Corinthians perde maior patrocínio da América e é só a ponta da crise

A Vai de Bet anunciou na manhã desta sexta-feira a ruptura de seu contrato com o Corinthians.

O maior contrato de patrocínio da América não existe mais. Seriam R$ 120 milhões anuais, com pagamento total (envolvendo luvas) de R$ 370 milhões em três anos. Logo depois, soube-se que o Corinthians, e não o patrocinador, teria de arcar com a multa de rescisão com a Pixbet, patrocinadora anterior. Mas o estopim da ruptura da Vai de Bet foi a reportagem do blog do Juca Kfouri sobre o pagamento a um intermediário na confecção do contrato, que repassou cerca de R$ 1 milhão a uma empresa laranja, denominada Neoway.

Nos últimos dias, a Vai de Bet fez uma série de notificações ao Corinthians. Desde pedidos de esclarecimentos sobre os repasses à Rede Social Media, de Alex Cassundé, até alertas de descumprimentos de cláusulas contratuais.

Dentro do clube, isto foi visto com preparação da Vai de Bet, que se calçava para uma eventual briga judicial. Em nota, a empresa justificou a rescisão unilateral por não receber esclarecimentos solicitados desde o início de abril.

A rescisão é o caso do dia, mas é a ponta do iceberg.

Na quinta-feira, no retorno de Londres, o presidente Augusto Melo reuniu-se com os jogadores e pediu um voto de confiança. Foi o mesmo discurso da semana da posse e da reapresentação do elenco, em janeiro. Em cinco meses, o Corinthians anunciou a renovação de contrato de Lucas Veríssimo e depois sua saída.

Viveu a crise com o diretor de futebol, Rubens Gomes, afirmando haver um governo paralelo conduzido pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Junior. Isto levou à renúncia de Rubão.

O escândalo do depósito de R$ 1 milhão a uma empresa laranja, até agora sem explicação por parte do Corinthians e também da Rede Social Media.

A saída do goleiro Cássio e a provável perda de Carlos Miguel, seu substituto.

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Internamente, diz-se que os jogadores cujos currículos foram avaliados pelos analistas de desempenho têm agentes que não querem nem ouvir falar sobre conversas com o Corinthians. A credibilidade é baixíssima, muito em função do noticiário recente. Jogador fala com jogador e todos sabem onde tem sido bom ou ruim de se trabalhar.

Libra e Liga Forte aguardam definição corintiana há seis meses. Há sinais para os dois lados e ninguém confia na resposta positiva, tamanhas as idas e vindas.

O Corinthians vive uma das maiores crises de sua história. A maior depois do rebaixamento em 2007.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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