Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Tite já ganhou na altitude com reservas e perdeu com titulares

O Grêmio de Tite jogou a 3400 metros de altitude, em Cuzco, e perdeu por 2 x 1 para o Cienciano. Naquele dia 3 de abril de 2002, Tite escalou oito titulares da partida anterior, contra o Coritiba, e cinco iguais ao jogo posterior, contra o Athletico Paranaense. A base titular tinha Eduardo Martini, Mauro Galvão, Roger, Ânderson Lima, Claudiomiro, Tinga, Gilberto, Zinho, Luiz Mário e Rodrigo Mendes.

O Cienciano venceu por 2 x 1.

No ano seguinte, em La Paz, 3600 metros acima do nível do mar, Tite mudou a estratégia. Não escalou Ânderson Polga, Roger, Ânderson Lima, Tinga, Rodrigo Fabri, Luiz Mário e Amaral. Perdeu por 1 x 0 para o Bolívar.

O acúmulo de experiências de Tite indica que ele já perdeu com titulares e com reservas e venceu poupando jogadores. Pela seleção, em 2022, não tinha Neymar e Vinicius Júnior suspensos, e venceu a Bolívia por 4 x 0 descansando Thiago Silva, Danilo, Arana, Casemiro e Fred, titulares três dias antes contra o Chile, no Maracanã.

As situações não são iguais, apenas sinais do que Tite pensa quando joga acima de 3 mil metros acima do nível do mar.

Contra o San José, em Oruro, quando era técnico do Corinthians e com a experiência de ter vencido a Libertadores anterior, Tite levou toda a base titular que havia empatado com o Palmeiras por 2 x 2, no Pacaembu, três dias antes.

Também empatou com o San José. Oruro fica a 3.735 metros de altitude, mais ainda do que La Paz.

Ocorre que aquela partida era apenas a nona da temporada e abria a campanha da Libertadores em que o Corinthians defendia o título. O time estava descansado.

Com titulares, não venceu.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes