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OpiniãoEsporte

O Palmeiras não gosta de Barueri

Os cinco piores públicos do Palmeiras no pós-pandemia foram em Barueri.

Foram 14 mil contra o Juazeirense, 17 mil contra Santos e Athletico Paranaense, ridículos 11 mil contra o Mirassol e 8 mil contra o Ituano.

Em dez anos de Allianz Parque, só o jogo contra o Coritiba, em 2015, ficou abaixo de 17 mil.

Ainda que tenha havido 29 mil contra o Corinthians, recorde de público na Arena, semana passada.

Leila Pereira evidenciou o conflito de interesses ao dizer que "nós temos Barueri."

O Palmeiras e sua torcida não têm.

Leila Pereira também disse que, não fosse Barueri, os jogos teriam de acontecer no interior.

Não é verdade.

O maior público do Palmeiras em 2023 aconteceu no Morumbi, quando 49 mil pessoas pagaram ingressos para assistir à vitória por 3 x 1 sobre o Santos. Mais de três vezes superior à bilheteria do clássico, contra o mesmo Santos, em Barueri.

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A torcida não gosta de Barueri. Os jogadores não gostam de Barueri. Abel Ferreira já disse que não gosta de jogar em Barueri. E houve alagamento pela chuva, minutos antes do jogo contra o Mirassol.

A casa do Palmeiras é o Allianz Parque.

É assim desde 1920, quando o velho Palestra Itália comprou o terreno onde a Companhia Antarctica Paulista mantinha o parque, dentro do qual havia o campo em que se disputou a primeira partida de campeonato oficial da história do Brasil: Mackenzie 2 x 1 Germânia.

Há problema pontual com o gramado do Allianz Parque. Nesta semana, seis aviões trarão 23 toneladas de cortiça, para concluir a reforma da grama sintética do estádio. O problema ressalta a falha de comunicação entre as duas partes proprietárias da arena. A tendência é retornar ao Allianz nas quartas de final do estadual.

Ainda que Leila Pereira diga que o modelo de negócio assinado no final da década de 2000 é ruim para o Palmeiras, as experiências de Neo Química Arena, Arena do Grêmio apresentam resultados muito piores. Até mesmo do Morumbi, quitado, precisará de uma obra pública e apoio governamental, para haver autonomia de reforma.

O Allianz não foi construído com dinheiro público e o Palmeiras também não gastou nenhum centavo. Há uma dívida da W. Torre que está na arbitragem e, enquanto isto acontecer, a direção palmeirense precisará utilizar dois de seus cinco sentidos: visão e audição.

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Visão para enxergar o óbvio, que a torcida não vai a Barueri como vai ao Allianz Parque. Audição para ouvir seus jogadores e comissão técnica, que também não desejam ir à arena.

No segundo semestre, haverá Pacaembu, com 27 mil lugares. No ano inteiro, tem Morumbi, do maior público palmeirense do ano passado.

O Palmeiras não tem dois estádios. Tem o Allianz Parque.

Todo o resto é paliativo.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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