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OpiniãoEsporte

Palmeiras é felicidade sem fim. Pra tudo se acabar na quarta-feira

A coisa mais impressionante da tarde de Allianz Parque foi que nenhum palmeirense gritou campeão. Nem antes, nem durante, nem depois da vitória por 1 x 0 sobre o Fluminense. Nem na saída pelas avenidas Antártica, Sumaré e Pompeia, nem pelas ruas adjacentes, como Caraibas e Diana. Ouviam-se provocações e cantos: "Brasileirão vou nem falar...", que alguns preferem dizer "sei nem falar."

A festa completa, só na quarta-feira, contra o Cruzeiro, no Mineirão. Matematicamente, o Palmeiras ainda não pode se considerar o vencedor, razão pela qual a torcida manteve a frieza.

Breno Lopes marcou três gols em um jogo e só valeu um. As anulações foram corretas.

Mesmo assim, o titular mais discutido pelas arquibancadas, que precisa de três para valer um, pode ter marcado gol que vale título pela segunda vez.

Há camisetas em lojas com produtos palmeirenses com a inscrição: Breno Lopes 98'28".

Referência ao gol do título da Libertadores de 2020, contra o Santos.

O solitário 1 x 0 tornou o clássico contra o Fluminense extremamente perigoso até o fim.

Especialmente depois da entrada de André no lugar de David Braz, no intervalo. O passe mais preciso na saída de jogo tricolor fazia a bola chegar limpa à frente, mas os atacantes aproveitaram pouco.

Razão pela qual prevaleceu o quinto gol de Breno Lopes no Brasileirão. Herói improvável ao marcar o gol da vitória aos 50 do segundo tempo, anotou também duas vezes na goleada de 5 x 0 contra o São Paulo.

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A qualidade de passe tricolor melhorou. O campeão da Libertadores ameaçava pouco, mas o Palmeiras desperiçava oportunidades e Abel Ferreira tirava qualidade de campo. Trocou Endrick por López, Breno por Jhon Jhon, Zé Rafael por Fabinho, Mayke por Artur.

Deu juventude e risco ao Palmeiras. Jhon John perdeu duas chances claras, uma ao oferecer o gol a López, outra ao demorar para finalizar e dar chance para Fábio. Foram 21 finalizações, contra seis do Fluminense, a mais perigosa no segundo minuto, com Jhon Kennedy finalizado para Wéverton salvar.

Levando em conta a quantidade de chances e os gols anulados, foi bom para o Palmeiras. Mas o jogo ficou aberto até o final.

Se os versos de Vinicius de Moraes dizem que tristeza não tem fim, no Allianz Parque o que não acaba é a alegria.

O gol de Breno Lopes inicia um Carnaval verde.

Pra tudo se acabar na quarta-feira.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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