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Chimarrão da paz para Felipão e Tite

Não há nada pior do que uma briga entre duas pessoas que se gostam.

Felipão foi professor e deu o apelido a Tite. E aqui Felipão só vem antes de Tite por ordem alfabética. Scolari viria também.

Chimarrão da paz!

Jogaram juntos no Caxias, como mostra a brilhante reportagem de Marinho Saldanha.

Até que o futebol os separou e o mundo soube pela frase "Fala muito!", de Tite em direção a Felipão.

Os dois se gostam e se respeitam.

A briga começou por uma premissa que parece equivocada.

Felipão não queria perder do Fluminense, em 2010. Caiu por 4 x 1, em Barueri, num jogo em que o goleiro Deola foi xingado por parte de sua própria torcida palmeirense, por fazer defesas incríveis.

O técnico palmeirense estava bravo com a derrota, na entrevista coletiva. Não aceitava perder.

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Acontece que aquele Palmeiras perdia. De 30 partidas do Brasileirão 2010 sob o comando de Felipão, ganhou só nove.

Morou no décimo lugar, em que concluiu a campanha.

O rival daquela tarde, em Barueri, era o Fluminense. Muito mais forte, naquela época.

O Palmeiras não perdeu porque quis. Perdeu porque era inferior.

Até hoje, Felipão e Tite são como pai e filho, ou irmão mais velho e mais jovem, dada a relevância de ambos, para o mundo do futebol.

Não é justo pedir um abraço antes do jogo, uma imagem de fraternidade pré-clássico Flamengo x Atlético.

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Mas os dois merecem um telefonema.

O futebol merece um chimarrão da paz.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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