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Olhar Olímpico

REPORTAGEM

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Rebeca fica fora do pódio na trave, e ainda briga no solo

Rebeca Andrade se apresenta na trave no Mundial de Ginástica - Ricardo Bufolin/CBG
Rebeca Andrade se apresenta na trave no Mundial de Ginástica Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

06/11/2022 11h56

Não foi desta vez que Rebeca Andrade foi ao pódio na trave, aparelho que é sua principal deficiência — ou onde ela vai menos bem. Finalista do Mundial, a brasileira sofreu uma queda logo no início da apresentação e tirou apenas a nota 12,733, ficando longe da disputa por medalha, apenas na oitava colocação, último posto entre as finalistas.

Ainda neste domingo, a partir das 13h08 pelo horário de Brasília, Rebeca é favorita ao ouro na última final dela neste Mundial de Ginástica Artística de Liverpool (Inglaterra), no solo, tendo como uma das adversárias Flávia Saraiva, confirmada na decisão.

Rebeca e Flávia tiveram as duas melhores notas da fase eliminatória, 14,200, mas Flavinha sentiu o tornozelo naquele mesmo dia e, depois disso, só se apresentou nas assimétricas, que exigem menos das articulações do pé. Rebeca, por sua vez, foi muito bem no solo na final do individual geral, com nota 14,400, mesmo resultado da britânica Jessica Gadirova, que será a última a se apresentar, competindo em casa, e tem contado com a boa vontade dos árbitros no Mundial.

Ainda que tenha ganhado o ouro no individual geral com sobras, mostrando que é muito melhor do que qualquer outra ginasta da atualidade, Rebeca faz, até aqui, um Mundial abaixo do que se esperava dela em número de medalhas. Ela não se classificou para a final do salto, onde era a grande favorita depois de ganhar o ouro em Tóquio-2020 e no Mundial do ano passado, e terminou a final das assimétricas na modesta oitava colocação. Rebeca tinha a quarta e a quinta melhores notas do Mundial nesse aparelho.

Na trave, ainda que Rebeca não seja uma especialista, as chances de medalha também eram reais. E o pódio teria vindo se ela tivesse repetido o que fez na final do individual geral, quando tirou 13,533. Foi essa mesma nota que deu o bronze a Shoko Miyata, do Japão. Mesmo ouro e prata não foram muito acima: a canadense Ellie Black foi prata com 13,566 e a japonesa Hazuki Watanabe ganhou com 13,600.

O Brasil também já participou, neste domingo, da final do salto. Caio Souza terminou na quinta colocação, melhor resultado da carreira dele em um Campeonato Mundial. O brasileiro teve falhas na chegada tanto do primeiro salto, tirando 14,333, quanto no segundo, que valeu 14,500. Na média, ficou com 14,416. O bronze foi para o ucraniano Igor Radilov, com média 14,666.