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Superliga Feminina abre mão de piso amarelo; masculino mantém

Roberta defende a bola em jogo do Osasco na Superliga - Fotojump/divulgação
Roberta defende a bola em jogo do Osasco na Superliga Imagem: Fotojump/divulgação

27/11/2020 17h17

A Superliga Feminina não irá continuar utilizando os polêmicos pisos amarelos comprados pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para serem a imagem padrão dos torneios nacionais. Em reunião realizada na tarde de hoje (27), os clubes votaram, por 7 a 4, para voltarem a utilizar os antigos pisos da cor laranja. Na Superliga Masculina, porém, a opção foi por manter o piso polêmico ao menos até o final do ano.

O Olhar Olímpico já havia antecipado ontem que a diretoria da CBV havia aceitado abrir mão do piso das cores do Banco do Brasil, comprados por R$ 3,1 milhões dados via Lei de Incentivo ao Esporte pela BB Seguros. E que iria jogar a decisão na mão dos clubes, isentando-se de qualquer responsabilidade sobre eventuais lesões de atletas.

O piso amarelo vinha causando problemas principalmente no feminino. Atletas sofreram escorregões durante o Super Vôlei, em Saquarema (RJ), e em jogos na cidade do Rio de Janeiro atletas precisaram jogar pó de magnésio na quadra, considerada escorregadia. Por outro lado, no piso entregue em Osasco é muito aderente, dificultando o deslize.

A queixa, porém, não é unânime, porque os pisos, segundo relatos de dirigentes, não são padronizados, ainda que sejam do mesmo lote. O de Barueri (SP) não deu problemas. Por isso não houve unanimidade na votação. A mudança acontece a partir da próxima rodada, daqui a uma semana. A CBV se comprometeu a buscar soluções junto a fornecedora, a Recoma, para o piso amarelo voltar a ser viável.

Os times masculinos parecem ter dado maior sorte na distribuição dos pisos da marca chinesa Enlio. E aí a votação foi diferente. De 11 clubes que participaram da votação (um faltou à reunião), só um votou para trocar o piso desde já. Mas o assunto será revisado no final do primeiro turno, com a possibilidade da volta das velhas quadras.

Ao Olhar Olímpico, o Banco do Brasil informou que não vai se opor à mudança dos pisos e que aceita negociar novos termos no contrato.