Fiat-Chrysler volta a falar em fusão e Peugeot-Citroën está interessada

Resumo da notícia
- Chefão da Fiat e da Chrysler admite fusão para fortalecer marcas
- "Bloomberg" diz que PSA tem especial interesse na marca Jeep
- PSA estaria negociando também com GM e Jaguar-Land Rover
- Fusão ou aliança serviria para alavancar veículos híbridos e elétricos
A FCA (Fiat-Chrysler) está aberta a buscar alianças e oportunidades de fusões se estas fizerem sentido, disse na última terça-feira (5) Mike Manley, o presidente-executivo da companhia, no Salão de Genebra (Suíça). De acordo com reportagem do "Detroit News" publicada nesta sexta (8), os comentários de Manley sobre o assunto são diretamente direcionados ao Grupo PSA, controlador de Peugeot, Citroën, Opel e Vauxhall, que teria interesse em um acordo.
Segundo a "Bloomberg", a FCA é atraente para o grupo PSA, dada sua exposição no mercado dos Estados Unidos, por conta da sua popular marca Jeep. A publicação disse, ainda, que as negociações entre as duas empresas são preliminares e que Carlos Tavares, diretor do grupo francês, também avalia fusões com a General Motors ou com a Jaguar-Land Rover, que está perdendo dinheiro para a indiana Tata, proprietária das marcas britânicas.
A PSA desfrutou de uma década de recuperação e hoje tem US $ 10,2 bilhões (R$ 39,4 bilhões) líquidos em caixa. A fabricante da Peugeot, da Citroën e da DS adquiriu da General Motors as marcas Opel e Vauxhall em 2017 e as tornou quase instantaneamente lucrativas.
"Temos um forte futuro independente. Porém, se houver uma parceria, um relacionamento ou uma fusão que fortaleça esse futuro, vou ver isso", disse Manley a repórteres no Salão de Genebra. Perguntado se ele consideraria vender a Maserati para a Geely Automobile Holdings, como sugerido pela imprensa recentemente, Manley disse: "A Maserati é uma das nossas marcas realmente bonitas e tem um futuro incrivelmente brilhante. Não."
Híbridos e elétricos atrasados
Manley também disse que a FCA, hoje a sétima maior montadora do mundo, está atrás de rivais quanto ao desenvolvimento de veículos híbridos e elétricos. De acordo com o executivo, a companhia adotará a abordagem menos dispendiosa para cumprir as regulamentações europeias de emissões, cada vez mais rigorosas.
"Existem três opções. Você pode vender veículos elétricos suficientes para equilibrar sua frota. Dois: você pode fazer parte de um esquema de parcerias. Três: pagar as multas", disse ele. "Não vejo um cenário em que as montadoras continuem a subsidiar as tecnologias indefinidamente", completou.
A FCA anunciou em junho do ano passado que investirá 9 bilhões de euros (cerca de R$ 39 bilhões) nos próximos cinco anos para introduzir carros híbridos e elétricos em todas as regiões para estarem totalmente em conformidade com as regulamentações de emissões. Questionado sobre o plano de investimento de 5 bilhões de euros para a empresa na Itália, anunciado em novembro passado, Manley disse que o aporte está confirmado.
O plano foi examinado no início deste ano, após o governo italiano aprovar novos impostos sobre a compra de carros maiores a gasolina e a diesel.
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