Alerta vermelho: 5 sinais de que seu carro pode estar prestes a pegar fogo

O incêndio é provavelmente o problema mais grave que pode acontecer em um veículo, com elevada ocorrência de perda total e alto risco de ferimentos graves e até fatais.

Conforme especialistas consultados por UOL Carros, para um carro pegar fogo é necessária a combinação de calor ou faísca com óleo lubrificante ou combustível. Portanto, o automóvel costuma dar sinais de que algo está errado antes do pior acontecer.

Selecionamos cinco alertas de que o seu carro pode estar prestes a se incendiar, com base em informações de Erwin Franieck, mentor de tecnologia e inovação em engenharia avançada da SAE Brasil.

1- Cheiro de combustível

Sentiu cheiro de combustível? Leve o automóvel o quanto antes para uma revisão
Sentiu cheiro de combustível? Leve o automóvel o quanto antes para uma revisão Imagem: Getty Images/iStockphoto

Em carros injetados, o odor de combustível é forte indício de que há algum vazamento do líquido. Caso entre em contato com superfícies quentes, como o escapamento e, especialmente, o catalisador, que pode atingir temperaturas de 800º C, a chance de fogo surgir é extremamente alta. Erwin Franieck complementa:

"Os critérios de crash test reprovam projetos em que estes vazamentos ocorrem. Porém, ainda assim podem aparecer problemas de vedação, perceptíveis pelo odor do combustível, principalmente", destaca o engenheiro.

Nessa situação, ambos recomendam procurar uma oficina de confiança o quanto antes para verificar o problema.

2 - Manchas de vazamento sob o carro

Muitas vezes ignorada, mancha de óleo sob veículo é sinal de risco de incêndio; não ignore
Muitas vezes ignorada, mancha de óleo sob veículo é sinal de risco de incêndio; não ignore Imagem: Momento Vox
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Além do cheiro, há indicadores visuais de risco de incêndio. O mais óbvio é o acúmulo de óleo ou combustível embaixo do veículo sempre que ele permanece estacionado.

Este é um sinal de que há vazamento em um ou mais pontos embaixo do capô.

A orientação dos especialistas é checar regularmente a condição dos dutos de fluidos em geral, especialmente os de combustível, bem como do cárter e de todo o sistema de lubrificação do motor.

"Vazamento de óleo motor, que se percebe por meio marcas no chão após estacionar o veículo, é sinal importante de que o risco de um incêndio é alto", ensina Franieck.

3 - Problemas elétricos

Carga baixa da bateria é indicativo de possível fuga de carga e pane elétrica; verifique o quanto antes
Carga baixa da bateria é indicativo de possível fuga de carga e pane elétrica; verifique o quanto antes Imagem: Vitor Matsubara/UOL
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Problemas elétricos também podem causar incêndio. Dependendo do caso, nem precisa haver contato com óleo ou combustível: um curto-circuito sozinho é capaz de deixar o automóvel em chamas.

O curto-circuito pode ser causado por fios desencapados e também pela instalação de acessórios e equipamentos não especificados para determinado veículo.

Franieck salienta que acessórios incompatíveis com o projeto do carro trazem como efeito mais óbvio a redução da vida útil da bateria, que passa a reter cada vez menos carga e pode "arriar".

Contudo, antes de ela pifar de vez, há outras consequências.

"Ao reter menos carga, a bateria fornece menos tensão e sobrecarrega o alternador e a respectiva correia. Também ocorre maior variação de tensão no sistema. Isso eleva a incidência de pane elétrica, acompanhada por danos a uma série de componentes, bem como risco de incêndio", alerta o engenheiro da SAE Brasil.

4 - Uso de combustível adulterado

Fiscal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) testa qualidade de gasolina
Fiscal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) testa qualidade de gasolina Imagem: ANP/Divulgação
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Abastecer com combustível adulterado pode trazer danos ao motor e outros componentes.

Um dos mais graves é a pré-ignição, também conhecida como "batida de pino", que é a combustão irregular - manifestada por meio de ruídos metálicos. Combustível fora da especificação, com baixa octanagem, pode causar pré-ignição e quebrar uma série de componentes, gerando temperaturas muito elevadas dentro do propulsor.

A consequência mais grave é o altíssimo calor derreter peças e romper o bloco do motor.

Uma vez rompido, a chance de vazar óleo e combustíveis sobre superfícies quentes é grande, bem como o risco de incêndio.

5 - Problemas no arrefecimento

Mantenha o radiador e o sistema de arrefecimento em dia para o motor não 'ferver' e fundir
Mantenha o radiador e o sistema de arrefecimento em dia para o motor não 'ferver' e fundir Imagem: lmeida Rocha/Folhapress
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A falta de líquido de arrefecimento, seja por simples desleixo ou vazamento não detectado, eleva a temperatura de trabalho do motor para além do especificado - elevando o risco de o mesmo fundir.

Novamente, o calor excessivo é capaz de levar à quebra do bloco, trazendo as consequências descritas no item anterior.

"Fique atento à temperatura do líquido de arrefecimento. No caso de ocorrer um vazamento desse líquido, o indicador no painel deixa de mostrar a temperatura excessiva e você pode ter um motor fundindo. Se chegar ao ponto de travar, pode quebrar o bloco, vazar óleo e combustível e iniciar um incêndio muito rapidamente", esclarece Erwin Franieck.

Portanto, antes que o pior aconteça, não descuide das revisões e verifique a condição do radiador e de todo o sistema de arrefecimento regularmente.

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3 comentários

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Fernando Giannotti

muito interessante estas recomendações, as vezes esquecemos destes detalhes.

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Moises Solon

Por isso que agora so uso carro eletrico, bateria da BYD não pegam fogo porque sao de litio-ferro, diferente das demais.

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