Mercedes traz carrão de R$ 8 milhões, SUV de R$ 1 milhão e Classe A Sedan
Marca tem um dos estandes mais recheados (e caros) do Salão do Automóvel de São Paulo... só faltou a picape Classe X
Um dos estandes mais recheados do Salão do Automóvel de 2018 é também um estande de extremos: a Mercedes-Benz tem carros de interesse mais geral, como a quarta geração do Classe A, que agora terá uma configuração sedã na medida para o mercado brasileiro; por outro lado, a marca da estrela de três pontas também tem modelos de alto luxo e de ultra-performance que estão entre os mais poderosos e mais caros do evento, como o AMG Project One.
De quebra, há ainda exemplar do Smart EQ forfour, de 82 cv e torque máximo de 16,3 kgfm disponíveis instantaneamente, que serve de estudo para um retorno -- a submarca de compactos vai ter apenas modelos eletrificados a partir de 2020.
E também, finalmente, a aposta da marca alemã em conectividade, com a estreia da central multitarefas MBUX, que conecta todas as funcionalidades do veículo e ainda pode ser operada pela voz, sendo acionado pelo comando "Ei, Mercedes", como assistentes pessoais de smartphones (Siri, na Apple, Google, em Android).
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Classe A Sedan
A marca confirmou a importação do Classe A nas configurações hatch e sedã ao Brasil. Primeiro chega o Classe A Hatchback, já neste mês de novembro, na versão A 250 Launch Edition, equipada com um motor 2.0 turbo de 227 cv e preço de R$ 199.900. UOL Carros já avaliou o modelo e você pode rever este conteúdo aqui.
Para o segundo trimestre de 2019, teremos o Classe A Sedan, que será feito no México inicialmente (Aguascalientes, na unidade compartilhada entre Nissan e Mercedes-Benz), e terá fôlego para brigar pelo mercado de sedãs executivos. Este é um modelo que é fortemente cotado para ser nacionalizado, dependendo da demanda do mercado.
Com três volumes bem definidos (nada do estilo acupezado do CLA), o A Sedan tem 4,54 m de comprimento, com os mesmos 2,73 m de entre-eixos do hatch. Rodas variam de 16 a 19 polegadas. Motorização pode incluir o 2.0 turbo do hatch, mas há fortes chances de uso do 1.4 turbo, de 165 cv, como opção para ampliar vendas. Câmbio é sempre automatizado de sete marchas 7G-DCT -- câmbio manual de seis marchas não deve ser comercializado no país.
Embora o visual seja mais simples, o Classe A traz tecnologias já existentes em modelo como Classe E e Classe S: reconhece bicicletas e pedestres e até função que permite o "car-sharing" (compartilhamento) do Classe A, aplicativos e o sistema operacional MBUX, com tela de instrumentos e painel central totalmente digitais e unificados, comandados por toques em superfícies sensíveis ou pela voz (nas versões mais completas e caras).
Força reembalada
Líder do mercado premium brasileiro com 38% de participação, a marca não vai desprezar os SUVs, segmento que mais cresce no país. A promessa da empresa é lançar sete novos SUVs até 2020. Um deles é o Concept EQ -- que nada mais é do que o protótipo do EQC, utilitário esportivo elétrico revelado pela marca neste ano.
O SUV elétrico já está à venda na Europa e tem 407 cv, com torque máximo de 78 kgfm. Números divulgados pela marca informam aceleração de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e velocidade máxima limitada a 180 km/h. Autonomia máxima é de 450 km.
E tem a nova geração do Classe G, este sim um clássico "subidor de paredes". A terceira geração traz quase o mesmo visual do anterior, com adereços adequados à atual realidade do segmento premium (como os faróis Full LED), além do motor 4.0 V8 biturbo de 585 cv, Ele precisa de 4,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h e atinge a velocidade máxima de 220 km/h. Rodas de 22 polegadas, duas telas de 12,3 polegadas no interior. Preço? R$ 1,1 milhão.
O outro extremo
Estreia voltada para os fãs de esportividade, o AMG GT 63 4-Door é um GT com espaõ para família. Esqueça o CLS, este é o grande rival do Porsche Panamera a partir de agora. O esportivo de quatro portas tem um motor 4.0 V8 biturbo de 639 cv. Dados divulgados pela empresa indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos e velocidade máxima de 315 km/h. Tudo com espaço para cinco pessoas e 461 litros de porta-malas.
Mas o ápice é outro.
Praticamente um bólido de Fórmula 1 homologado para as ruas. O Project One, revelado no Salão de Frankfurt de 2017, é um veículo com motor 1.6 turbo V6 movido a combustão e quatro motores elétricos, um por roda, entregando mais de 1.000 cv.
Os números de desempenho são mais do que superlativos: aceleração de 0 a 200 km/h em 6 segundos e velocidade máxima acima dos 300 km/h.
Mas por que ele está no Salão de São Paulo? Porque das 275 unidades produzidas, três estão vendidas para clientes brasileiros. O preço foi de pouco mais de R$ 8 milhões. Não tem dinheiro para tanto? Tudo bem: visite o estande da marca e aprecie de pertinho sem pagar tanto ;) .
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