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Quimioterapia me dá fraqueza nas pernas; é possível amenizar esse sintoma?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

08/02/2022 04h00

Resumo da notícia

  • Não ficar muito tempo parado e praticar alguma atividade física são boas estratégias
  • O ideal é que o exercício seja leve e que você busque a ajuda de um educador físico
  • Em algumas situações, pode ser indicado o uso de um analgésico simples para o alívio da dor
  • Mas é importante entrar em contato com seu médico, pois esse sintoma também pode estar ligado a outros problemas

O primeiro passo é evitar ficar muito tempo parado e fazer repousos curtos ao longo do dia. O ideal para diminuir a fraqueza nas pernas é praticar atividades físicas regulares, como uma caminhada, por exemplo, ou musculação. É importante é buscar a orientação de um educador físico para passar um treino leve, que não cause nenhum prejuízo. Além disso, muitas vezes, pode ser necessário usar analgésicos simples para aliviar a dor e o desconforto.

O tratamento com medicamentos que combatem o câncer pode causar diversos efeitos colaterais, entre eles, dor e fraqueza muscular nas pernas. Por outro lado, esse sintoma também pode estar ligado a outros fatores, como anemia, hipotireoidismo, perda de potássio, sódio, magnésio ou até desnutrição. Por isso, é muito importante falar com sua equipe médica para avaliar se não há outras causas para esse sintoma.

E fique tranquilo, pois nem sempre os efeitos adversos da quimioterapia duram todo o tratamento. Muitas vezes, reconhecer e saber tratar o sintoma pode fazer com que ele seja mais leve nos próximos ciclos do tratamento ou até mesmo desapareça.

A quimioterapia utiliza medicamentos para destruir as células malignas e, dessa forma, combater o câncer. Essas drogas se misturam com o sangue e são levadas a todas as partes do corpo. Geralmente, o tratamento é ambulatorial, ou seja, o paciente vai até o centro de oncologia e volta para casa no mesmo dia. Em algumas situações, pode ser necessário ficar no hospital por alguns dias, como em certos tratamentos para leucemia e linfoma. E como a quimioterapia leva à morte de algumas células benignas também, na maioria dos casos os efeitos colaterais são decorrentes da destruição dessas estruturas saudáveis.

Portanto, não deixe de lado os exercícios físicos nessa fase do tratamento. Procure uma atividade que você gosta e siga à risca o que os profissionais indicarem.

Fontes: Alexandre Palladino, chefe da oncologia clínica do Inca (Instituto Nacional de Câncer); Daniela Dornelles Rosa, coordenadora do Ambulatório de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS); Fabiana Comar, médica oncologista da Oncoclínicas e Hospital Anchieta de Brasília; Solange Moraes Sanches, médica oncologista clínica titular do Departamento de Oncologia Clínica no Centro de Referência do Câncer de Mama do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo (SP).