Quem fez abdominoplastia pode engravidar?

Pode. A cirurgia em si não vai comprometer o desenvolvimento fetal nem a gestação. Por outro lado, é a gravidez que pode fazer com que a mulher perca parte do resultado estético obtido com o procedimento.

O recomendado é que a abdominoplastia seja feita depois de a paciente engravidar. Caso isso não aconteça, é importante aguardar no mínimo um ano após a cirurgia para pensar em uma gravidez. Isso porque, se a mulher engravidar em um intervalo de tempo menor do que um ano, ela pode perder o resultado da cirurgia e adquirir muitas estrias, já que a pele da barriga foi diminuída pela abdominoplastia.

Além disso, engravidar antes de completar esse um ano pode fazer com que o útero se desenvolva menos, por causa da restrição que o espaço interno do abdome sofre com o procedimento. Dessa forma, o bebê pode não conseguir alcançar o tamanho adequado.

Sem esquecer que existe o risco de alargar a cicatriz e de romper os pontos internos da plicatura, que é o procedimento para amarrar os músculos do abdome. Se ainda assim a gravidez acontecer antes do tempo de recuperação recomendado, é bastante importante acompanhar o crescimento do feto e o desenvolvimento da gravidez.

Além de esperar o tempo mínimo de recuperação da abdominoplastia para engravidar, também vale tomar algumas atitudes no dia a dia, a fim de ajudar nesse processo. São eles:

Manter o peso dentro da normalidade;

Ter uma rotina de exercícios para tonificação dos tecidos e flexibilidade das articulações;

Seguir uma boa alimentação, para fornecimento dos elementos necessários aos tecidos.

Vale saber que a abdominoplastia é uma cirurgia plástica, frequentemente estética, que é dividida em duas partes: a retirada do excesso de pele na região abaixo do umbigo e a plicatura —ou fechamento— dos músculos retos abdominais para correção da diástase.

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A diástase é o afastamento da musculatura abdominal causada pela gravidez ou pela obesidade. Na abdominoplastia também podem ser corrigidas hérnias umbilicais ou de outras partes da parede abdominal.

Fontes: Isis Ismael Lacerda, médica cirurgiã plástica do HUAC-UFCG (Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande), na Paraíba, ligado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Josué Montedonio, cirurgião plástico da clínica Audi Montedonio, em Santos, São Paulo, membro titular da International Confederation for Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery e da American Society of Plastic Surgery; Marcelo Takeshi Ono, médico cirurgião plástico da clínica Marcelo Ono, em Londrina, no Paraná; Moacir Mariz, chefe do serviço de obstetrícia do HGF (Hospital Geral de Fortaleza).

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