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Zulu: “Quero aproveitar tempo que ainda tenho o mais intensamente possível”

Do VivaBem, em São Paulo

31/08/2020 11h00

No Conexão VivaBem desta segunda-feira (31), Paulo Zulu contou que tem aproveitado sua boa forma o máximo que pode. O modelo e empresários disse que com a idade, a vida começa a se estabilizar e os sonhos devem ser realizados, uma vez que "há muito pouco a usufruir e muito a contar do que já fez".

"Se eu tenho uma máquina que está redonda, tenho que aproveitar ela enquanto eu posso, porque daqui a pouco eu sei que ela vai ficar quadrada, é normal. Então, quero aproveitar o tempo que ainda tenho o mais intensamente possível, mas eu sei que ele está ficando diferenciado. Não sei depois dos 60 anos vai dar, vários amigos meus falaram que já fica um pouco mais complicado", disse.

Zulu realmente não para. Como viaja muito à Indonésia, ele fica até cinco ou seis horas na água, surfando. "Eu sinto um pouco de cansaço, normal, mas eu me permito ficar pela fissura, então meu cérebro ainda tem um comando muito grande sobre o meu corpo quando está excitado por alguma coisa que eu me identifico muito".

Ele também corre 14 km frequentemente, treina jiu jitsu e, segundo ele, "faz obra". "Ajudo a fazer a construção. Contrato o cara e viro peão dele, porque para mim tudo é funcional. Além de tudo, estou aprendendo a trabalhar, ou seja, pago para fazer um curso e ao mesmo tempo estou me exercitando".

Evitar ficar parado

Paulo Gentil, doutor em ciências da saúde, disse que, por mais que o corpo naturalmente comece a mudar a partir dos 40 anos, ficar em movimento faz com que as vias envelhecidas sejam reativadas. Segundo ele, uma pessoa que se mantiver ativa consegue preservar muitas funções por um período muito mais longo.

"Se você mandar um astronauta para o espaço, em três meses de desuso, ele tem a perda que uma pessoa de 60 anos tem em um ano. O jovem em desuso perde mais rápido do que o idoso. Isso mostra que não existe um relógio que te condena, existe uma interação entre o tempo e o uso", disse.

Para manter o músculo útil, a musculação não necessariamente é a única opção. "Nosso músculo não tem um olho para saber onde você está, se você está em uma academia, se está levantando um tijolo em uma construção ou batendo uma enxada no chão", disse Gentil. Fazer um esforço, seja qual for ele, ativa determinado mecanismo fisiológico que o mantém adaptado. "A musculação se tornou uma maneira muito popular, conveniente e comercial de falar que você conseguiria fazer isso, mas não é a única. Zulu é exemplo disso".