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Ela virou referência de moda aos 50: 'Tive que quebrar muito preconceito'

Aos 48 anos, a empresária paulista Fabiola Kassin levava uma vida que podemos chamar de confortável e bem resolvida. Desde a chegada dos dois filhos, ela havia optado por parar de trabalhar e se dedicar à maternidade. Não tinha redes sociais nem queria ter. Seis anos depois, ela é hoje uma das maiores referências de moda e lifestyle da internet, somando 1,5 milhão de seguidores entre YouTube, Instagram e TikTok.

Ligada em moda, arte e lifestyle desde muito jovem (ela foi uma das fundadoras do lendário Mercado Mundo Mix, que nos anos 90 abriu espaço para grandes nomes como Alexandre Herchcovitch, além de ditar tendências culturais), Fabiola havia se tornado na maturidade aquela amiga dona das melhores dicas de viagem, moda, cultura e até wellness. Resistiu quando as amigas diziam: "Por que você não faz um blog?".

Depois de um tempo, topou, mas sem aparecer, porque sempre foi tímida. Assim surgiu o site Hypnotique. que depois conquistou as redes sociais. "No começo, até me sentia mal, sempre fui tímida e estar na frente da câmera no YouTube era impensável até então, me sentia ridícula", diz a empresária.

"Mas o que me atraiu foi a possiblidade de democratizar a moda, falar de lifestyle sem frescura e do meu jeito. Depois fui entender que essa autenticidade é o que atraiu as pessoas para o meu conteúdo."

E o que começou sem pretensão em pouco tempo se tornou um sucesso e atraiu cada vez mais gente. Mas engana-se quem pensa que o público seria o de mulheres maduras, como é de se esperar. "No começo, achei que seriam as mulheres da minha idade que iam se interessar. Mas depois eu vi que não, fiquei chocada vendo que tinha seguidores dos 15 aos 60 anos, é muito curioso. Isso mostra que não existe idade para ser descolada ou para ter referências atuais", diz Fabiola.

Preconceito e cota de idade

Mas, apesar de todo o alcance do conteúdo e uma comunidade imensa e transgeracional que a segue, Fabiola diz que teve, e ainda tem, que enfrentar o etarismo.

Muita gente acha que são meus filhos que fazem os vídeos, só porque são jovens, sendo que sou eu que faço, escolho as músicas, tudo. Além disso, muitas marcas me procuram só na 'cota' das mulheres maduras, isso é absurdo. Só me procuram para falar de assuntos para menopausa. As pessoas tentam te limitar e te colocar numa caixa pela sua idade. Tive que quebrar muito preconceito.

Atividade física em primeiro lugar

Não faltam comentários do tipo "musa!", "deusa" nos posts de Fabiola no Instagram quando ela aparece de biquíni ou shorts com corpo esbelto e músculos aparentes. Mas a influencer diz que atividade física para ela vai muito além de cuidar da estética.

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Para mim isso vem em primeiro lugar. Na menopausa, a gente fica com vontade de desistir de tudo. Cuido muito dos meus músculos porque sei que preciso deles para envelhecer bem e sei que atividade física é fundamental para o cérebro. Hoje tudo que faço é para cuidar bem dele. Até suplementos, tomo muito ômega 3, são para cuidar da minha cabeça.

Nunca é tarde para começar

Falo sempre: a gente não pode parar. Na minha idade, sei que muitas mulheres ficam com vontade de desistir de tudo. Você vai tendo a queda hormonal, dá um desânimo. Por isso digo que a gente precisa de calma. Tem que seguir em frente, buscar tratamento, se cuidar. Fiz uma cirurgia na coluna e três meses depois estava de volta na academia, porque sei que me faz bem. Então minha dica é: comece a fazer alguma coisa, não desista.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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