Dieta do sexo: 'Emagreci 6 kg, mas pode ser nocivo', diz modelo

No "Sem Filtro" de hoje (8) falou sobre a dieta do sexo. A apresentadora Lívia Andrade e a empresária Kim Kardashian já disseram que usaram as horas de prazer para emagrecer. Mas por que acrescentar mais uma cobrança na hora do sexo?

"Exercício e sexo são momentos de conexões diferentes. A gente tira o foco do prazer sexual e faz do sexo uma performance", diz Carolina Freitas, sexóloga, especialista em educação sexual e terapeuta sexual.

A modelo Carolina Lekker, 26, ganhadora do Miss Bumbum 2022, garante que a dieta a ajudou a vencer o concurso. "Coloquei em prática com meu namorado. Transávamos de três a quatro horas por dia", disse a Universa. Ela afirma ter perdido seis quilos, mas admite que usar o sexo para emagrecer pode ser ruim para algumas mulheres.

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"Acho que pode trazer danos por ser mais uma cobrança. Se ficar nessa de querer fazer sexo só para emagrecer não é saudável", disse. Para ela, a prática serviu também para autoconhecimento. "Descobri que podia ter mais de um orgasmo", conta.

A educadora sexual Ivana Marques encara a prática como contraditória, já que o sexo tem o poder de relaxar o corpo. "Se pensarmos na química que acontece em nossos neurotransmissores após o orgasmo, não faz sentido", diz. Ela explica que mesmo o sexo tântrico, que incentiva longas relações sexuais, não tem como foco gastar energia.

"O sexo tântrico nos ensina como guardar a energia e como é importante o momento da sexulidade. Aí vem uma onda falando para gastar. É controverso", diz.

Pode ser uma violência

Para Carolina Freitas, é importante prestar atenção no que vai topar fazer em busca de uma perda calórica. "Se uma mulher usar de algumas práticas sexuais que não gosta ou que não experimentaria com outro propósito, isso pode configurar uma forma de violação. Precisamos transar pelo prazer e buscar emagrecer de outras formas."

Ivana vê essa moda como mais prejudicial para garotas jovens, que ainda estão descobrindo sua sexualidade. "Dieta e sexo são duas palavras que juntas dão argumentos para os problemas que as mulheres vão enfrentar, principalmente adolescentes", diz.

Seguem aqui os outros temas que foram destaque nesta edição do "Sem Filtro":

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A educação positiva, que é uma forma de criar os filhos, está se tornando cada vez mais popular, especialmente entre pais mais jovens. O problema é que tem família que pode confundir "educar com amor" com "permitir que meu filho faça tudo". "Fomos criados com pais muito autoritários. A consequência é que os pais estão ficando muito permissivos. Enquanto achamos que estamos sendo amorosos, estamos criando problemas. Temos que dar amor e limites", diz Ariádny Abbud, especialista em terapia cognitiva comportamental com crianças e adolescentes.

Mulheres estão bebendo mais: 'Estamos exaustas e talvez isso gere mais consumo'

Os números de mortes e internações entre mulheres por uso de álcool aumentaram. Segundo pesquisa do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, em 2021, as mortes aumentaram 7,5% e as internações 5%. "Estamos sobrecarregadas, exaustas, e talvez isso gere mais consumo", avalia Cristina Fibe, jornalista, especialista em cobertura de gênero e colunista de Universa.

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Assista ao Sem Filtro

Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.

Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.

Veja a íntegra do programa: