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Carolinie Figueiredo diz ter sofrido violência obstétrica no primeiro parto

"Pari gritando "não, não, não!" e um enfermeiro empurrando a Bruna [Luz, 8 anos] para nascer, sabe?", contou a atriz - Reprodução/Instagram
"Pari gritando 'não, não, não!' e um enfermeiro empurrando a Bruna [Luz, 8 anos] para nascer, sabe?", contou a atriz Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

17/09/2020 08h28

Conhecida por interpretar Domingas na 15ª temporada de "Malhação", a atriz Carolinie Figueiredo revelou ter sofrido violência obstétrica no parto de sua primeira filha, Bruna Luz, hoje com 8 anos. Segundo ela, o enfermeiro que a acompanhava não atendeu aos pedidos para parar de empurrar sua barriga e forçar o nascimento da bebê.

"Bruna nasceu num hospital, mas nasceu de uma violência obstétrica", contou Carolinie em bate-papo com Nathalia Dill no Instagram. "Dois anos depois, eu descobri que sofri violência obstétrica. Eu pari gritando 'não, não, não!' e um enfermeiro empurrando a Bruna para nascer, sabe?".

Ela também é mãe de Théo, de 6 anos. Ele e a irmã também são filhos do ator Guga Coelho.

Carolinie ainda relatou sua experiência com a maternidade — que, para ela, veio cedo. Ela lembrou das preocupações com a carreira e com a segurança financeira necessária para ter filhos, reconhecendo que as gravidezes não foram planejadas.

"Com 23 anos, eu já era mãe de dois. Interrompi uma carreira que 'nossa, vai para frente!'. Interrompi todo um sonho de infância", disse. "Tive filho sem ter me planejado conscientemente, sem trabalhar minha criança interior... Vejo que a maternidade nos é vendida como a realização da mulher, a completude, só que quando chega ali, na realidade, é um susto."

A atriz ainda fez piada sobre a influência que tem feito na autonomia dos filhos. Aos risos, Carolinie contou que, como Bruna e Theo se posicionam de tal forma que, por vezes, acabam surpreendendo a mãe.

"Eu dei a possibilidade de eles se expressarem, se empoderarem. E agora vem em tudo. Eu tento tocar no Théo e ele diz: 'Ei, aqui é meu corpo! Você não pode tocar'. Eu não posso mais beijar meus filhos. Eu tenho que perguntar: 'Você pode me dar um beijo?', disse, em meio a risos.