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BA: médica que caiu do 5º andar acorda e está com 'memória comprometida'

Prédio em Salvador no qual médica caiu do 5º andar; companheiro é suspeito de provocar queda - Reprodução/Google Street View
Prédio em Salvador no qual médica caiu do 5º andar; companheiro é suspeito de provocar queda Imagem: Reprodução/Google Street View

Do UOL, em São Paulo

20/08/2020 18h03

A médica Sáttia Lorena Aleixo, que caiu em julho do 5º andar de um prédio do bairro Jardim Armação, em Salvador, acordou e está consciente, informou a delegada Bianca Torres, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas).

A delegada contou ao Correio 24 Horas que a jovem está com problemas de memória. "A vítima acordou, está consciente, mas em decorrência do trauma que ela sofreu, comprometeu a memória recente dela."

Bianca contou, também, que pediu prorrogação do inquérito, o que ela trata como um caso "complexo". "Aguardando laudo do local do crime, o apartamento, e também dos aparelhos celulares. Quando concluirmos, iremos encaminhar ao poder judiciário", completou.

Um dos suspeitos da polícia é o companheiro de Sáttia, Rodolfo Cordeiro Lucas, também médico. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça da Bahia, mas está em liberdade.

De acordo com o Boletim de Ocorrência expedido pela Deam (Delegacia Especial de Atendimento à mulher), testemunhas disseram que houve uma discussão no apartamento do casal. Pouco depois, a médica de 27 anos caiu do apartamento, e o seu companheiro, de 34 anos, foi preso em flagrante por policiais militares.

A médica foi socorrida por uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ela teve diversas fraturas na face e no cotovelo. Segundo a prima da vítima, Rosa Patrocínio, ela passou por cinco cirurgias.

Patrocínio postou um vídeo na internet dizendo que acredita que a médica não sofreu um acidente ou cometeu suicídio.

"Por ser minha prima, eu posso dizer com todas as letras que ela não caiu. Eu tenho certeza que ela foi jogada. E, se ela estava na casa do namorado, com certeza foi pelo namorado".

Segundo a polícia, o médico negou ter empurrado a companheira. Ele afirmou em seu depoimento que a vítima estava em estado depressivo, era desequilibrada e teria tentado se suicidar.