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Orgasmo não tem a ver com penetração e essas 5 experiências podem provar

Getty Images
Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para Universa

31/03/2020 04h00

Você já deve ter lido ou ouvido falar que todo o corpo é uma grande e deliciosa zona erógena, certo? E que o sexo começa na cabeça, por isso a imaginação, a fantasia e a criatividade podem fazer toda a diferença na hora H. Então por que tanta gente ainda associa o sexo à penetração? Existem práticas - dentro de um contexto erótico, é claro! - que proporcionam prazer e podem até levar a orgasmos fantásticos sem que haja introdução do pênis na vagina, como os exemplos listados a seguir:

1. Gouinage
O termo vem do francês e, em tese, seria algo como uma sessão de preliminares em uma versão "extended", ou seja, de duração mais prolongada. Beijos, lambidas, mordiscadas, massagens e muuuuita fricção fazem parte do pacote, que pode contar ainda com sex toys e cosméticos sensuais. Porém, ao contrário das preliminares convencionais que funcionam como uma preparação para a penetração, a técnica da gouinage é colocada em ação até os dois não aguentarem mais de prazer e gozarem - sem que o pênis entre na vagina. Essa é a única "regra", já que para se excitarem o casal pode fazer tudo o que a imaginação ousar.

2. Masturbação
Até os anos 1950, quando a moral e os bons (e hipócritas) costumes vigentes valorizavam ao extremo a virgindade feminina, a masturbação era uma alternativa para preservar a pureza das moças e satisfazer casais que não conseguiam ou não queriam segurar o desejo até a consumação do casamento. Felizmente, essa ideia equivocada não só caiu em desuso como a masturbação passou a ser reconhecida como uma prática saudável. A dois, inclusive, é uma forma de identificar quais toques e ritmos mais agradam o outro. Se rolar um olho no olho no momento, então, é o caminho certo para o orgasmo.

3. Roleplay
Pode ser uma experiência bem divertida para casais, ainda mais em tempos de isolamento social. Nessa prática, vocês podem interpretar personagens e forjar situações que tragam excitação. Em geral, os joguinhos têm a ver com mandar/obedecer - um pode encarnar o patrão e o outro mordomo, um ser o professor e o outro o aluno, um assumir a função de policial e o outro de bandido e por aí vai... Mas, é claro, vários papéis podem ser desempenhados conforme a criatividade de vocês. Mesmo que caiam na risada no começo, a descontração e o humor que a vivência proporciona já é suficiente para se divertirem e aumentarem ainda mais a criatividade.

4. Práticas BDSM
Das mais suaves - vendas e algemas - até hardcore, o universo BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) conta com uma vasta gama de jogos e práticas que, em grande parte das vezes, não tem nada a ver com penetração. O tesão está em infligir ou sentir dor, por isso é comum que um assuma o papel de dominador e o outro de submisso. Algemas, separador de pernas, vendas nos olhos e chicotes são alguns dos itens necessários, mas dá para improvisar com lenços e echarpes. O sucesso dos livros da série "50 Tons de Cinza" prova que muita gente acha a prática bem excitante.

5. Exploração de zonas erógenas
É uma atividade muito sexy: quem "comanda" se sente poderoso em proporcionar prazeres e quem "recebe" vive um clima intenso de excitação. Para tornar a brincadeira ainda mais quente, o ideal é não tocar diretamente nos pontos de maior sensibilidade, o clitóris e a cabeça do pênis. Em vez disso, os estímulos e as carícias devem apenas "rodear" essas regiões sem nunca ultrapassar o limite. Percorrer com cuidado e carinho o corpo um do outro ainda permite descobrir áreas receptivas que até então vinham sendo negligenciadas, como cotovelos, parte interna das coxas, vãos entre os dedos...

Fontes consultadas: Arlete Girello Gavranic, terapeuta sexual e coordenadora do curso de pós-graduação em Terapia
Sexual da Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo); Breno Rosostolato, psicólogo, educador sexual e cofundador do projeto de imersão para casais LovePlan e Ricardo Desidério da Silva, sexólogo e docente do Mestrado em Educação Sexual da
Unesp/Araraquara