Topo

Atriz Camila Márdila diz que já sofreu 'diferentes tipos' de assédio

Camila Márdila - Reprodução/ Instagram
Camila Márdila Imagem: Reprodução/ Instagram

Do UOL, em São Paulo

03/03/2020 18h30

A atriz Camila Márdila, que interpreta a personagem Amanda na novela "Amor de Mãe", revelou em entrevista para a Revista Marie Claire que já passou por um relacionamento abusivo. Ela contou ainda sobre o que é ser feminista para ela e como não se encaixava nas barreiras impostas quando criança.

"Já sofri assédio de diferentes tipos, inclusive é recente uma experiência de resgatar situações de abusos que não foram compreendidas quando aconteceram", contou. "Quando a gente passa pelas coisas sem saber o nome delas, fica mais difícil de passar porque a gente acaba normalizando a situação. Mas o trauma fica ali soterrado, deixamos nos perder no tempo."

Camila declarou ainda que o que sente mais nojo atualmente é das tentativas de abuso moral e como os homens tentam oprimir a figura feminina.

"Agora relembro algo e penso que foi muito abusivo, que foi assédio mesmo. Atualmente o que sinto mais asco são as tentativas de abuso moral", relatou a atriz.

"Me revolta muito nos depoimentos de outras mulheres, em um momento corriqueiro do trabalho ou da vida em que a masculinidade equivocada tenta suprimir e oprimir a figura feminina, como se tivesse sendo muito legal, como se fosse um cara bacana. Mas esta lá interrompendo o lugar de fala dela, explicando algo que ela já sabe."

Camila se define como feminista, "sem dúvida", e que o tema é o que dá sentido para sua existência.

"É a partir dele que estabeleço comunicações e leitura do mundo", contou a atriz. "Não digo isso como se o feminismo fosse uma linha de pensamento rígido. Antes de tudo, o feminismo é a reinvindação de equidade dos gêneros."

"Não me encaixava no que era dito como coisa de menina, desde a infância. Sempre ficava pensando 'por que tenho que gosta de boneca?' ou na adolescência 'por que não posso ser fáicl com o meninino?'. Enfim, vários contextos da sociedade patriarcal da mulher frágil e sensível."