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Claudia Leitte sobre primeiro assédio aos 12 anos: "Minha tia me defendeu"

Claudia Leitte - Reprodução/Instagram
Claudia Leitte Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa

07/02/2020 11h52

A cantora Claudia Leitte, em entrevista à revista "Claudia", pediu união na luta contra os casos de assédio nesse Carnaval. "Quando ouvirem uma mulher gritar, todas devem gritar e se unirem. 'Não pega nela, não mexe com ela'. Precisamos proteger umas às outras", alerta.

A cantora falou sobre o projeto social do qual é madrinha, o Beleza Escondida, que apoia mulheres vítimas de agressão e tentativa de assassinato. " "Tem sido sofrido trabalhar com isso, não vou mentir. É uma realidade que infelizmente é corriqueira", comenta. "Parece chover no molhado, mas é uma discussão que não podemos deixar de lado nunca. Para mim, foi como se acendesse um alarme porque pensei nas mulheres que não conseguem escapar, muitas convivem com isso constantemente. Elas não conseguem se livrar do agressor".

Na entrevista, Claudia contou sobre o primeiro assédio que sofreu, ainda aos 12 anos, quando foi levada por sua tia Zezé a um bloco de Carnaval pela primeira vez. "Veio um cara me agarrar e tia Zezé me defendeu: 'Minha sobrinha tem 12 anos!'", conta. No meio artístico, ela também sofreu com situações parecidas. "Várias vezes eu tive que dizer 'Não, não me toque. Você entendeu errado. Eu tenho marido. Minha relação não é aberta, não, irmão'", confessa.

O apresentador, Silvio Santos, ao receber Claudia Leitte em um programado SBT, disse que não abraçaria a cantora porque poderia ficar excitado ao encostar nela. Na entrevista, ela fala sobre o constrangimento do momento e a repetição desses padrões de comportamento. "Eu me senti extremamente constrangida, mas hoje não sinto mais nada", conta. "São comportamentos que precisam mudar", ressalta. "Eu não sabia como agir porque a gente nunca sabe na hora. Aprendemos desde sempre a tentar fugir da situação, e foi o que fiz. Mas é triste que a gente viva dessa forma".