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Como ficar mais soltinha em 2020? Tantra, vibrador liberam prazer feminino

Mulher com batom vermelho - CoffeeAndMilk/iStock
Mulher com batom vermelho Imagem: CoffeeAndMilk/iStock

Nathália Geraldo

De Universa

17/12/2019 04h00

Soltinha que nem arroz, "dona e proprietária" do próprio corpo, conhecedora do próprio prazer. Ter algumas metas para 2020 já virou até meme na internet — pois nem sempre conseguimos cumprir — mas que tal ter esses títulos relacionados à liberdade e à sua própria sexualidade como algo para incluir na "lista do que fazer" no ano que vem?

Consultamos a terapeuta sexual Thais Plaza e profissionais de modalidades como pole dance, massagem tântrica para entender como ter contato com o próprio corpo pode fazer com que a gente se sinta mais livre para transar ou ter prazer sozinha — e, sim, vibradores também são sugeridos.

Como ser "mais soltinha" em 2020

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Pole dance: autoestima no topo da barra

Apesar de não ser só uma prática sensual, o pole dance pode despertar o conhecimento corporal e ainda ser uma ferramenta para elevar a autoestima feminina. Quem conta é a proprietária do estúdio Benedita'S Pole Dance e Art Cíntia Brito, que atende em Presidente Prudente (SP).

"O pole pode ajudar a mulher a se soltar sexualmente, fazer com que se sinta mais sexy. Ela acaba se sentindo mais segura [com o corpo], mais empoderada", explica.

Geralmente, as praticantes usam roupas curtas, como um top e um short, para facilitar os movimentos na barra. E isso também faz parte do pacote da transformação que o pole dance pode fazer na autoestima. "No início, o fato de usar roupas curtas é bem complicado para a maioria. Mas elas entendem que precisam usar a roupa menor para ter um bom rendimento e vão se aceitando", explica. "Acabam vendo que são maravilhosas do jeito que elas são".

Uma aula experimental de pole dance, segundo Cíntia, pode custar de R$ 20 a R$ 40, dependendo da região e do estúdio onde é dada a aula.

Dance com emoção

Danças sensuais, que estimulam a autoestima e a sensação de liberdade, são uma das práticas que podem servir para fazer você perder a vergonha do próprio corpo e descobrir suas potencialidades.

Não à toa, artistas como Anitta e Gaby Amarantos usam sua projeção para mostrar, além do talento, como se orgulham de seus corpos — que têm celulites e nem sempre estão dentro dos "padrões de beleza".

Em São Paulo, a aula de "Rabaterapia" tem a proposta de ensinar cada mulher a "se soltar e se gostar dançando", explica a professora do projeto Boate Class Isadora Zendron. Passos de axé, dançar no salto alto, dança do ventre ou burlesca, além de outras modalidades, podem entrar na sua agenda a partir de 2020.

Massagem tântrica: descoberta do prazer

Massagem sensual - PeopleImages/iStock - PeopleImages/iStock
Massagem tântrica e outras modalidades podem ajudar mulher a se conectar com seu prazer
Imagem: PeopleImages/iStock

Se você está em busca de um ano com mais "conexão consigo mesma", a massagem tântrica é uma das técnicas que prometem essa sensação. De acordo com a terapeuta tântrica, Analucia Sousa Bastos, que atende em Piracicaba (SP), cada sessão são duas horas de autoconhecimento e de "empoderamento do próprio prazer".

Se quiser fazer um processo mais longo, a paciente pode se consultar algumas vezes com a terapeuta, que irá decifrar o momento atual e "as raízes dos traumas e bloqueios apresentados".

"A ideia é entender o que a impede de ter mais prazer e, assim, construir as sessões de acordo com sua necessidade. Aí, a pessoa consegue se reconectar consigo e com todo o seu potencial orgástico dentro das suas relações sexuais e na vida".

Analucia explica que, em seu atendimento, não é necessário que a pessoa atendida fique nua — e nem sempre tem toque genital. A terapeuta também não fica sem roupa. "Além disso, atendo com algumas técnicas para o que chamo de desenvolvimento integral do ser, sendo diferentes tipos de meditação, dinâmicas corporais, massagens sensoriais, aiurvédica, Reiki, entre outras".

Uma sessão de massagem tântrica pode custar R$ 380, em média. Há atendimentos para homens e mulheres.

Ensaio fotográfico

Mulher acordando - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Um ensaio fotográfico, que pode custar a partir de R$ 490, é uma das ferramentas para melhor autoestima
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Você pode bancar a "Sensuellen" ou simplesmente se sentir à vontade com seu corpo em uma roupa de ficar em casa. Essa é a proposta de se fazer um ensaio fotográfico, que não só ajuda a explorar a autoestima e a aceitação do corpo, como ensina as mulheres a se verem "de outro ângulo", como explica a fotógrafa Débora Nisenbaum.

"Quando as mulheres me chamam para fazer fotos delas, a proposta é 'trocar o ângulo' do jeito que elas se veem. É quando percebem que as nóias que têm com o corpo, as coisas negativas, não são como imaginam".

Entender o corpo com mais naturalidade, assim, também ajuda a ter menos amarras quando o assunto é sexualidade. "Vejo muitas mulheres que estão com autoestima baixa e não se sentem atraentes para outra pessoa. Quando elas ouvem eu falar que a foto ficou muito legal, que ela está muito bonita num clique, passam a se ver de outra forma".

O ensaio fotográfico, que pode custar a partir de R$ 490, nem sempre tem uma pegada sensual. Débora explica que não costuma sugerir o uso de acessórios como salto alto, cinta liga ou lingeries para as clientes. Camisetas simples, folgadas, entram em cena.

"A gente faz cliques muito sensuais que não tem nada de nudez e cliques de nudez que não são sensuais. Depende da cena, da pose da modelo, do ambiente".

Vibradores, sugadores de clitóris

Curtir tocar a área genital com os dedos (o chuveirinho pode ser um bom aliado) já é uma meta e tanto para 2020. O uso de vibradores e outros brinquedos eróticos também ajuda, e muito, na busca do prazer.

"É muito comum que as pessoas terceirizem a tarefa de sentir prazer; 2020, então, pode ser um convite para que a mulher ajude a potencializar o prazer no próprio corpo, inclusive com o uso de vibradores", explica a terapeuta sexual Thais Plaza. Há várias opções de vibradores no mercado erótico — já pensou conseguir gozar em dez minutos?

Para fazer em casa

Mulher no chuveiro - Getty Images - Getty Images
Olhar o próprio corpo durante o banho e tocá-lo: dica da terapeuta sexual
Imagem: Getty Images

Não quer gastar em experiências, mas está muito disposta a se conhecer? A terapeuta sexual Thais Plaza dá mais dicas sobre como se sentir empoderada sexualmente:

1) Se olhe no espelho

"A mulher pode se olhar no espelho, refletir que corpo bonito é o que você tem. E não fazer o 'jogo dos sete erros' ao ficar comparando o corpo que tinha quando era mais jovem, como o peito era ou não...Mas, sim, o jogo do amor próprio. Mulheres que tiveram filhos poder ter o corpo muito diferente, por exemplo, e a gente tem que entender que o tempo vai nos modificar, que somos seres perecíveis".

2) A dança do sabonete

Ao entrar no banho, a terapeuta sexual indica que a mulher toque seu corpo com carinho e atenção. "Não é só passar o sabonete. Coloque uma música, explore seu corpo, se curta".

3) Veja sua vulva

Depois do "banho do amor", volte para frente do espelho e admire sua vulva — uma dica que a cantora Gaby Amarantos adora praticar com sua "pepeca". "A vulva é um portal do prazer, então a mulher pode aprender a gostar do próprio corpo, a amá-lo. Por fim, é muito mais fácil receber o amor do outro quando se ama".