Como elas lidam com as marcas que o parto deixou

Ter um filho deixa marcas: a pele do abdome estica, o peito, quando acaba o aleitamento, fica murcho e cai, a cicatriz da cesariana pode chamar mais atenção do que você espera. E vem flacidez, estria, barriga que não volta para o lugar e autoestima baixa.

Andressa, Thaís e Lilian confessam que ainda se incomodam com o que veem no espelho. Mas sabem que seus corpos geraram vidas. É normal mudar. E necessário aceitar para se sentir mais feliz e bonita.

"Depois do nascimento do meu segundo filho, fiquei com a autoestima abalada. Essa gravidez foi difícil, porque tinha mais uma criança para cuidar, e isso me fez anular meu lado mulher. Ainda tive depressão pós-parto"

"O peito caiu, mas isso se resolve com sutiã. Já a barriga, não dá para disfarçar nem com cinta. Fiz vários tratamentos estéticos dolorosos para acabar com flacidez e estria. Foi quando parei para observar toda minha história..."

"Engordei 13 quilos na gravidez e minha autoestima caiu muito, principalmente porque meu relacionamento era abusivo. Ele me chamava de gorda, feia e falava que ninguém ia me querer. Ganhei 25 quilos depois do parto"

"Me separei e comecei a aceitar meu corpo, reconheci que ele tem história. Não é fácil. A sociedade gosta daquele corpo perfeito, e cobra por isso."

"Engordei 12 quilos na gravidez, e depois que o Noah nasceu, a barriga caiu totalmente. Ela ficou bem flácida. Isso inflamou e provocou queloide na cicatriz da cesárea, já que ela era abafada pela pele que caia por cima"

"Tratamento estético não adianta e é caro. Recebi mensagens de mulheres com medo de engravidar por estarem 'acima do peso', das marcas e das dores, e me dei conta de que essas neuras começam com a gordofobia obstétrica"

"A grávida precisa de cuidados, qualquer que seja seu peso. Busquei inspiração em mulheres que entenderam que seu corpo é fonte de vida e que ele gritará por isso".