Conteúdo publicado há 5 meses

Isabelle Drummond revela episódios de assédio: 'Temos que nos proteger'

Isabelle Drummond falou sobre os episódios de assédio que já viveu.

O que aconteceu

A atriz cita alguns episódios de assédio e lembra que sofreu bullying durante a infância. "Foram vários os episódios... Na peça, a Tina tem uma proposta de carreira através da exploração sexual. Nunca passei por uma situação dessas, mas sim por outros tipos de assédio. Desde a escola, com o bullying, o de ser uma atriz famosa e até da implicância dos meninos comigo. Às vezes, as coisas parecem pequenas, mas não são. Nós sempre temos que nos proteger na rua, no carro com o motorista de aplicativo...", disse em entrevista ao Gshow. Ela está em cartaz em São Paulo com a peça "Tina - Respeito", onde aborda abuso contra a mulher, machismo e violência.Para interpretar Tina, a artista conversou com mulheres que foram vítimas de assédio ou violência. "Tiveram coisas que eu não vivi, mas pessoas próximas sim. Tive relatos de mulheres amigas que se abriram e foram fonte de inspiração para mim. Então, nos palcos, tem uma mistura das minhas experiências com a de outras pessoas. Isso tudo fez a construção da Tina".

Isabelle ressalta que tem orgulho do trabalho com Tina, podendo empoderar outras mulheres. "O meu papel como artista é dar voz a esse tipo de causa, que já enfrentei. Trabalhei desde cedo e sei o que é ser mulher desde criança. Por isso, é necessário saber que existem várias situações[de preconceito]. Seja na forma de falar com uma mulher diferente numa reunião, não se direcionar a uma mulher, se tiver um homem por perto, entre outras. Já passei por todas essas coisas e vou continuar passando, independente das nossas conquistas e posições. A gente sempre vai ter que se defender de alguma maneira e acho que falar sobre o assunto é a maneira certa".

Como denunciar

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o BO em mãos. O exame pode trazer provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial e pode ser feito a qualquer momento depois do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

2 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Cintia Regina Antonio Moreno

Eu assisti a peça e confesso que chorei muito principalmente na cena do assédio no ônibus  Quantas mulheres não sofrem hoje ,não podem ter paz !

Denunciar

Edson Luiz Joia da Mota

O homem passa por igual e às vezes maior violência.

Denunciar