Tomorrowland Brasil encerra com show de drones, Ludmilla e Pedro Sampaio
Com um público total de 150 mil pessoas e 150 DJs nos três dia de festival, o Tomorrowland Brasil encerrou os trabalhos com surpresas, como um imponente show de drones durante a apresentação de Alok, e participações de Ludmilla e Pedro Sampaio no Mainstage, durante o set do americano Steve Aoki.
O domingo (14) começou ensolarado e com altas expectativas, pois teria pela frente sets de algumas das maiores estrelas do line-up. O Mainstage aguardava os pops internacionais Alesso, Don Diablo, Steve Aoki (o "cara do bolo", já explico) e a belga Charlotte de Witte, atual rainho do techno, escalada para encerrar a noite, além do nosso astro Alok.
Já no palco Core, o mais underground de todos, estrelas nacionais como Curol, Maz & Antdot, Mochakk e Vintage Culture já davam uma pista de que boa parte do público passaria por ali. Como já dissemos por aqui, a música eletrônica vem experimentando uma guinada interessante para sons mais conceituais, ao contrário de anos atrás, quando o comercial era mais cool.
Conclusão: o palco Core não aguentou o tranco de tanta demanda, fazendo com que fosse praticamente impossível conseguir um lugar na pista para ver os aguardados sets de Mochakk e Vintage Culture, dois dos brasileiros mais disputados em line-ups dos principais festivais e festas pelo mundo agora. Teria sido mais acertado colocá-los no Mainstage? Com certeza, mas também sabemos que decisões desse tipo são estratégicas e envolvem negociações nem sempre lineares.
Drones in the air
A organização do festival estava animadíssima e num corre-corre frenético no cair da tarde, por um motivo especial: a estreia de um gigantesco show de drones durante a apresentação do goiano Alok. O DJ foi o escolhido para hospedar o momento mais apoteótico do festival, com 600 drones orquestrando desenhos perfeitos no céu, do logo do festival até o logo dele próprio, passando por uma linda coreografia para reproduzir com luzes o grande pássaro que ornamenta o Mainstage.
Funk e pop
Conhecido por seus sets fanfarrões, com muita música comercial, micagens e o famoso bolo que ele atira em algum fã na plateia (sim, as pessoas seguram cartazes dizendo "cake me"), o americano Steve Aoki foi além do esperado neste domingo no Mainstage. Durante seu set, ele recebeu a cantora Ludmilla, com quem apresentou pela primeira vez uma colaboração entre os dois, a música "Amazing".
Além de Ludmilla, Aoki convidou o DJ e cantor Pedro Sampaio ao palco. Sampaio havia se apresentado mais cedo numa das ativações de marca do festival e subiu ao Mainstage emocionado: "No Brasil a gente faz festa assim", disse no microfone. Aoki caprichou na "nacionalização" de seu set e não economizou nos funks, entre eles "Parado no Bailão", de MC L da Vinte e MC Gury, que dividiu o público entre olhares confusos e gritos de alegria. Se tem alguém que trabalha por diversão é Aoki, um dos DJs mais ricos do mundo, acionista de vários empreendimentos, incluindo a Uber.
O funk carioca e paulista se fez presente para além do set de Aoki. Ouvimos em diversos palcos faixas clássicas e também novas de diversos subgêneros do funk nacional. Essa fusão tem se tornado cada vez mais comum, especialmente em festas do underground, através de pesquisas de DJs como Badsista (que, sim, tocou funk seu set no sábado ao lado da alemã Ellen Allien) e RHR, Irmãs de Pau, Clementaum, entre outros, que misturam techno e electro com funk. Se ainda tem quem torça o nariz, é melhor se acostumar.
Encerramento com a rainha
Pela primeira vez na história do Tomorrowland Brasil, o festival teve uma DJ no encerramento. A belga Charlotte de Witte fez as honras com um som que não tem lá muito a ver com encerramento, já que ela toca um techno bem pesado, mas, sinal dos tempos, como já falamos por aqui, mostra mais um grande passo para as mulheres DJs.
A apresentação também marca uma conquista pessoal desta belga de 32 anos. Em 2011, ela ganhou um concurso de DJs organizado por uma estação de rádio e, como prêmio, teve a oportunidade de tocar no Tomorrowland na Bélgica. Na época, ela usava o nome artístico de Raving George, porque não queria que o fato de ser mulher interviesse no julgamento de seu talento. A vida dá voltas.
Faixas mais tocadas do Festival
Para quem esteve no festival e quiser reviver um pouco do que rolou pelos palcos, Splash teve acesso à lista das faixas mais tocadas. Para quem não foi, eis aqui um bom roteiro para entender o que rolou em Itu.
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