Qual a lição da semana em que descobrimos que até Shakira pode ser traída

Sentimentos confusos nesse começo de junho acometem a mulher brasileira. Quem não está sozinha num quarto com covid, está trancada em algum lugar cuidando dos filhos com covid. Quem não está em nenhuma das duas situações, está ressabiada com medo de pegar. Mas sabe como é: no isolamento, acaba dando mais tempo de caraminholar qualquer coisa. E é nesse cenário esquisito que chega a suposta notícia da separação da cantora Shakira e do jogador de futebol Piqué.

O casal é daqueles que tira nosso fôlego faz tempo. Lindos, atléticos, charmosos, um sucesso e apaixonados. Shakira e Piqué estão para o mundo assim como Paolla Oliveira e Diogo Nogueira estão para o Brasil. Parece que é até injusto que copulem entre si, deixando pouco ou nenhum sex appeal para o resto das pessoas que — talvez — possam querer copular também.

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Pois a notícia então de que talvez eles tenham se separado cai como defeito na perfeição, um ruidozinho em algo que soava muito bem: como um dos dois teria coragem de largar o outro?

Mas aí, meus amigos, vem o suposto motivo da suposta separação: uma suposta traição da parte de Piqué para com sua excelentíssima esposa colombiana. Quê? O assunto alvoroça as mulheres em quarentena — e quem está sambando pela rua também. Como assim, alguém trai a Shakira?

Peraí, vou colocar um gif dela aqui para ilustrar:

Então quer dizer que uma mulher cujos quadris não mentem (é dela o hit " Hips Don't Lie") pode ser traída? Então vocês estão nos dizendo que até mulheres como essa musa rebolante aí de cima podem ser trocadas por uma de 20 anos? Mas que coisa mais fora de moda.

E há duas formas claras de lidar com essa situação: 1. Entrar em uma paranoia clássica de que se até Shakira foi traída eu posso ser a qualquer momento ou estou sendo agora enquanto escrevo essas linhas. 2. Pensar que se até Shakira foi traída não sou eu que vou perder meu tempo tentando controlar o incontrolável.

Dá até para entender os que têm vontade de trair: é gostoso mesmo arrumar uma sarninha para se coçar de vez em quando. Complicado é achar que dá para fazer isso ferindo os sentimentos de outra pessoa — aí é sacanagem. Dizem que todo mundo já foi ou será traído. Infelizmente, como a covid, a primeira vez não anula a possibilidade da próxima. Mas, no caso da traição, dá para tentar viver uma vida mais leve com essa possibilidade.

Uma diquinha de quem já viveu algumas coisas: ciúme não é lá muito normal, não. Se as paranoias estão ocupando algum espaço muito grande de sua cabeça, talvez seja hora de trabalhar a própria segurança, ou ir atrás de outra relação que não machuque assim. Para de esticar esse pescoço quando o Whatsapp do outro pisca, pelo amor de Deus. Eu, hein. Ter segurança em si mesmo é bom. Controlar a safadeza dos outros, impossível.

Uma voz do fundo de nossa cabeça segue dizendo "Shakira, Shakira". "Seja sábio e continue lendo os sinais do meu corpo", ela diz enquanto rebola. Meus quadris começam a se mover involuntariamente. E os seus deviam fazer o mesmo. Esses não mentem nunca.

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