O ex-jogador Juan Sebastián Verón, atual presidente do Estudiantes, da Argentina, aproveitou a conquista da Copa do Brasil pelo Flamengo para comentar a disparidade das premiações entre os dois países.
"E aqui, entre o Torneio dos Campeões do Mundo e a Copa Argentina, nem cobrem os custos de ônibus para os torcedores", comentou Verón. "... Mas o clube pertence aos sócios", concluiu, em tom de ironia.
O Flamengo acumulou R$ 93,1 milhões na campanha do título da Copa do Brasil. O clube arrecadou R$ 19,6 milhões da terceira fase até a semifinal, e foi premiado com mais R$ 73,5 milhões pelo troféu. O mata-mata nacional é considerado o torneio mais rentável do futebol nacional.
Atual campeão da Copa da Liga Argentina, o Estudiantes foi premiado pela Conmebol, juntamente com a Associação de Futebol Argentino (AFA), com US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,9 milhões). Segundo a imprensa do país vizinho, 70% da receita da final com o Vélez Sarsfield, no estádio Madre de las Ciudades, ficou com a entidade sul-americana.
Classificação e jogos
A premiação é ainda menor quando o assunto é a Copa Argentina, outra importante competição eliminatória disputada no país. De acordo com a imprensa local, o valor recebido pelo time campeão é de aproximadamente 171 milhões de pesos, cerca de US$ 170 mil. Convertendo para reais, seria algo na casa dos R$ 985 mil, valor inferior aos R$ 2,205 milhões pagos pela CBF ao time classificado na terceira fase da Copa do Brasil.
2 comentários
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Ozni Rici
Estive na Argentina há poucos meses e vi um país bem cuidado e próspero, embora tenha moradores de rua, assim como no Brasil. O valor do dinheiro é relativo, porque o que interessa mesmo é o poder aquisitivo. Um produto qualquer custa o mesmo tanto, no Brasil ou Europa. Só que aqui é convertido e vendido em reais e lá é em euros. O problema é o salário no Brasil, sendo o mínimo de 1.500 reais e na Itália, por exemplo, de 1.500 euros, ou seja perto de 11.000 reais. As multinacionais tentam cobrar os mesmos preços em dólares da Europa ou EUA, aqui no Brasil, mas como isso está muito longe do alcance do brasileiro, as multinacionais cortam a quantidade, relaxam na qualidade, ou vende em 10 parcelas mensais.....
Rodrigo Ignácio Nassur de Luca
Ué, Verón... Siga por aí. E tudo certo.