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Lutador que esteve com Bolsonaro em ato critica isolamento: 'Não ajuda'

Jair Bolsonaro simula encarada com o lutador Paulo Borrachinha - @jairbolsonaro/Twitter
Jair Bolsonaro simula encarada com o lutador Paulo Borrachinha Imagem: @jairbolsonaro/Twitter

Do UOL, em São Paulo

26/03/2020 17h17

O lutador de MMA Paulo Borrachinha divulgou um vídeo na tarde de hoje pedindo que a população saia de casa e volte a trabalhar normalmente. Ele afirmou que quem está saudável e cumprindo isolamento "não ajuda em nada" no combate ao coronavírus.

"Você que é saudável e está em casa, saiba que você não está ajudando em nada. Devemos cuidar dos nossos doentes, fracos e idosos. Mas se nós, que podemos e somos saudáveis, não formos lutar, trabalhar, ninguém vai. O resultado vai ser pior tanto para as pessoas que amamos quanto para quem infelizmente não tem nada a ver, crianças em situação de miséria", disse Borrachinha em sua conta do Instagram.

Lute por você, lute por quem vc ama, mas não deixe de lutar, nunca.

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O lutador acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações pró-governo do dia 15 de março. Borrachinha, inclusive, estava ao lado de Bolsonaro enquanto este cumprimentava apoiadores, apertava mãos e tirava selfies em frente ao Palácio do Planalto.

O presidente interrompeu o isolamento, que cumpria após ter retornado de viagem dos Estados Unidos, mesmo seu primeiro teste para detectar o coronavírus ter dado negativo. Bolsonaro chegou a aconselhar, um dia antes, em live feita no Facebook, que fossem adiadas as manifestações por questões de saúde.

bolso - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Bolsonaro fura isolamento para cumprimentar apoiadores
Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Em pronunciamento nesta terça-feira, o presidente voltou a chamar a covid-19 de "gripezinha" e defendeu que a rotina no país deve retornar à realidade para não criar efeitos negativos na economia. Ele também acusou a imprensa brasileira de espalhar o pânico em torno do coronavírus. Ontem, ele escreveu no Twitter que "não tem como desassociar emprego de saúde".

Os pedidos para que o isolamento não seja cumprido contrariam orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e determinações dos governos estaduais.